A figura do miliciano nas comunidades pobres do Rio de Janeiro surgiu quando militares da reserva das Forças Armadas, e a parte podre das polícias descobriram que explorar os serviços que seriam de responsabilidade do Estado, era um filão de mercado de valor extraordinário. A visão capitalista destes malfeitores leva o capitalismo ao extremo, e como adeptos da máfia e dos grandes gangsteres estadunidenses, viram nestas comunidades desvalidas e abandonadas pelo Estado, e que foram dominadas pelo tráfico de drogas, viviam pessoas que trabalham e geram rendas, e mesmo vivendo em meio à extrema pobreza, têm seus sonhos de consumo.
As milícias não abandonaram o tráfico, apenas como bons capitalistas o agregaram aos seus novos negócios. E essas comunidades passaram a ter internet, TV a cabo, entrega de gás, transporte, e uma pseudo segurança, e esta empresa constituída por milicianos cobram da população as taxas pelos serviços prestados, mas há uma diferença entre o chamado capitalismo de mercado, e o capitalismo dos milicianos: os dois matam. Só que o primeiro mata de fome de raiva e de sede, e o segundo mata quem deixa de pagar as taxas, e expulsam das suas casas os moradores que julgam indesejáveis.
E como era de se esperar, o crescimento das milícias foi ao encontro da sanha dos políticos inescrupulosos, que viram na associação com os milicianos a formação de um curral eleitoral vitalício, e a aproximação com alguns pastores das igrejas pentecostais fechou o trio de ferro. E foi neste ambiente antidemocrático e corrupto que foi forjada a carreira política do atual presidente do Brasil, e seus familiares. A carreira militar do atual presidente foi recheada de atos de indisciplina, e até ameaça de atentados terroristas, no entanto o Tribunal Militar, mesmo com tantas evidências e provas aplicou a pena mínima, que foi a aposentadoria compulsória.
E com o tempo livre e salário garantido, e o contato restrito com militares milicianos, Bolsonaro se alinhou a essa estrutura criminosa para chegar a Câmara de vereadores do Rio de Janeiro em 1988, e ampliando essa parceria, em 1990 foi eleito deputado federal, e por mais de 27 anos fez parte do chamado baixo clero, sem produzir nada para o povo, a não ser homenagear e defender seus parceiros milicianos.
A corrupção no Brasil acontece desde a invasão dos portugueses, passando pelas mãos dos ingleses, franceses, e por último dos estadunidenses, que é um país especialista em derrubar governos, tanto usando seu poderio militar, como agindo nos bastidores promovendo a desarmonia e discórdia, e incentivando os golpes de Estado.
Espalhar o ódio, com argumentos fundados na religião, tem um poder devastador, haja vista os crimes cometidos nas Cruzadas, na Inquisição, tudo nome de Deus, e da malhação do Judas que acontece até os dias de hoje. Os acontecimentos ocorridos no Brasil, após as manifestações de 2013 nos confirma essa teoria. De repente o País do jeitinho, e das falcatruas, se transformou no paladino da moralidade e da honestidade, não levando em conta a desonestidade e podridão secular da política brasileira.E no meio do lamaçal pantanoso e do ódio exacerbado que tomou conta do País, incentivado principalmente pelo fundamentalismo religioso elegeram um único partido como responsável pela corrupção sistêmica que desde sempre estiveram presentes nas alcovas da política nacional.
Com o caminho aberto os cupins que sempre corroeram a política, agindo nos meandros da escuridão, criaram asas e saíram dos seus labirintos, e conseguiram colocar na presidência uma figura abjeta, que representa a podridão política, e de quebra despertou os demônios que sempre estiveram no âmago de uma parcela da população,mas não encontravam um ambiente propicio para proliferar – e agora esse lixo humano reivindica sua participação.