Por Luiz Carlos Merten
Começou a funcionar, o Belas-Artes Drive-in no Memorial da América Latina, uma parceria da empresa distribuidora e exibidora com o centro da cultura latina de São Paulo. Já é um sucesso – todos os ingressos colocados à venda para as quatro semanas de programação esgotaram-se. Face à demanda, o Belas Artes Drive-in abre agora mais duas semanas, de 14 a 26 de julho, com vendas a partir desta quarta.
Os filmes mais procurados dessa primeira etapa terão nova chance, e quem não conseguiu comprar para ver Apocalypse Now, Cinema Paradiso – esse, foi uma loucura -, Laranja Mecânica, Mad Max – Estrada da Fúria, A Vida É Bela, O Fabuloso Destino de Amélie Poulain e Pulp Fiction – Tempo de Violência já pode correr ao site de vendas.
Tem sido motivo de reflexão. Ainda havia o célebre drive-in de Brasília, que inclusive inspirou o belo longa de Iberê Carvalho que venceu Gramado em 2015, mas, de maneira geral, esse tipo de sala ao ar livre era um experimento do passado. Com o isolamento em tempos de pandemia, tanto o cinéfilo mais atilado como o público que só vai ao cinema para comer pipoca e tomar refrigerante vendo alguma coisa se mexer na tela – brincadeirinha! – estão ansiosos para sair de casa, para ver filmes na tela grande, para socializar.
A flexibilização, em todo o mundo, tem esbarrado em ondas de segundo contágio. Todo cuidado é pouco. A França programou para reabrir suas salas na próxima semana, e talvez tenha de recuar. Aqui, ainda não tem data, mas o drive-in, com toda segurança, pode virar uma opção. Sobreviverá à covid 19?