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O Aquífero Guarani e os hidro-mitos

Nestas últimas décadas, tenho observado que o poder público, principalmente o municipal e a sociedade civil, aquela dita organizada, estão preocupados com a atual única fonte de água potável de Ribeirão Preto – o AQUÍ­FERO GUARANI!

Entre “tapas e beijos”, cientistas, especialistas, geólogos, curiosos e outros seres viventes, estão redescobrindo uma das mais nobres fontes de água de nosso planetinha – a água sub­terrânea provinda do “Arenito Botucatu” – o nosso querido AQUÍFERO GUARANI.
É interessante começar pelo começo, como diria a madre superiora ao bispo; então, vamos lá. Nosso aquífero não está à flor do solo, a não ser em determinadas regiões, como a zona leste do município de Ribeirão Preto, esta, solenemente maltratada pelas autoridades há muito tempo.

Quando se fala que em pesquisas altamente especializadas, são encontrados traços de agrotóxicos e outras substâncias químicas, no aquífero, me pergunto: – Quando Professor de Química, nos últimos anos de cursos como Engenharia Quí­mica, Bacharelado, Licenciatura em Química e em palestras ou convidado em eventos de pós graduação na matéria, ou em outras correlatas, eu dava um exemplo marcante – faça a destilação de água em um sistema que seja construído ex­clusivamente de aço inoxidável em sua estrutura! Não iremos encontrar absolutamente nada de silicatos em amostras. Coloque esta água em um simples copo de vidro, e o resulta­do, caso os aparelhos de medição tenham sensibilidade, irão apresentar traços de silicatos. Porquê? Simplesmente, porque a ÁGUA É UM SOLVENTE UNIVERSAL, e o vidro é consti­tuído de silicatos.

Esta é a primeira veracidade transformada em mitologia pela população.

Admito que há necessidade premente de se cuidar de nosso Aquífero tão judiado pela população, e principalmente pelo poder público, nestas últimas décadas.

Admito que os “Jardins Juliana e os Parques dos Servi­dores da vida” deverão ter mais atenção e principalmente MONITORAMENTO E FISCALIZAÇÃO COM PODER DE POLÍCIA AOS INFRATORES. Porém não me digam os leigos que o nosso querido AQUÍFERO GUARANI tem os dias con­tados por poluição. O excesso de exploração dele está sendo monitorado e cuidado pelo Comitê de Bacia do Rio Pardo.

Nós, Sociedade Civil Organizada, Poder Público – seja ele do executivo, legislativo, judiciário, ministério público, colegiados como o CBH-Pardo, que como já me expressei, está tomando sérias providências de monitoramento do aquífero, ou simplesmente a população, somos todos, de um lado culpados pela possibilidade da degradação do nosso AQUÍFERO GUARANI! De outro lado, poderemos ser de­fensores ferrenhos da qualidade e quantidade da nobre água que dele provem.

Ao contrário de ficar lançando abobrinhas químicas a respeito de contaminações por traços de agrotóxicos proibi­dos no país, está no momento de fiscalizarmos de onde eles aparecem e onde são lançados pela ganância de agricultores que não conhecem e nem querem saber da sustentabilidade do planetinha.

Com a palavra, você leitor, que acredita que o ser humano ainda tem um pouco de consciência ambiental para entregar o nosso planetinha a seus herdeiros, se não melhor, ao menos igual ao que recebemos de nossos pais. Isto é sustentabilidade.

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