Tribuna Ribeirão
Economia

Número de endividados aumenta em dezembro

Marcello Casal Jr/Agência Brasi

A Pesquisa de Endividamen­to e Inadimplência do Consumi­dor (Peic) de dezembro apontou que 66,3% dos consumidores estão endividados, uma alta de 0,3 ponto percentual (p.p.) com relação a novembro, informou nesta quarta-feira, 6 de janeiro, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Foi a primeira alta após três quedas seguidas, o que, diante da retração da inadimplência, sugere elevação do consumo. No comparativo anual, o in­dicador registrou aumento de 0,7 ponto percentual, segundo a CNC. A inadimplência não preocupa porque o total de fa­mílias com dívidas ou contas em atraso apresentou a quarta redução consecutiva, caindo de 25,7%, em novembro, para 25,2%, em dezembro.

Em comparação com igual mês de 2019, a proporção cres­ceu 0,7 ponto porcentual. A par­cela das famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso pas­sou de 11,5% para 11,2%. Em dezembro de 2019, o indicador havia alcançado 10%.

“Apesar da alta do endi­vidamento, os consumidores seguem conseguindo quitar débitos e compromissos finan­ceiros”, diz a nota da CNC. A Peic é uma pesquisa sobre há­bitos e tendências no uso do crédito. Por isso, altas no en­dividamento não são necessa­riamente ruins, já que, quando ocorrem de forma sustentável, ciclos de aumento do crédito impulsionam o consumo e pu­xam a atividade econômica.

Além disso, a Peic inves­tiga todos os tipos de dívida, não apenas aquelas com os bancos. A proporção de bra­sileiros que utilizam o cartão de crédito voltou a crescer em dezembro, alcançando 79,4% das famílias. É a maior taxa desde janeiro de 2020, segun­do a CNC, o que mantém o cartão como a principal mo­dalidade de endividamento.

Além do cartão de crédito, o cheque especial também au­mentou a sua participação entre as famílias endividadas, infor­mou a CNC. “Ambas são moda­lidades associadas ao consumo imediato e de curto e médio pra­zos”, diz a nota da CNC.

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o crédito deve ganhar destaque na reto­mada da economia em 2021. “É importante não somente se­guir ampliando o acesso aos re­cursos com custos mais baixos, mas também alongar os prazos de pagamento das dívidas para mitigar o risco da inadimplência no sistema financeiro”, disse, em nota, Tadros, ressaltando que grande parte do crédito ofertado durante a pandemia de covid-19 foi concedido com carência nos pagamentos e deve começar a vencer no início deste ano.

Em relação à renda, as traje­tórias do endividamento passa­ram a apresentar tendências se­melhantes em dezembro. Entre as famílias que recebem até dez salários mínimos, o percentual subiu para 67,7% do total, após três reduções consecutivas. Para as famílias com renda aci­ma de dez salários, o indicador aumentou para 60%.

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