O percentual de mulheres responsáveis por unidades domiciliares teve aumento expressivo entre 2010 e 2022, subindo de quase 39% para 49,1%. E, em dez estados, essa participação é superior a 50%.
Os dados são do “Censo Demográfico 2022: Composição domiciliar e óbitos informados”, divulgado nesta sexta-feira (25/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O perfil de raça dos responsáveis pelas unidades também passou por mudanças neste período. Pela primeira vez, o Censo mostrou a proporção de pardos superando a de brancos entre os responsáveis.
Cresceram, ainda, as unidades domésticas compostas apenas pelo casal, de 16,1% em 2010, para 20,2% em 2022.
Já o número de unidades domésticas com relações homoafetivas, formadas por pessoa responsável e cônjuge ou companheiro do mesmo sexo, passou de pouco menos de 60 mil para mais de 391 mil no período avaliado na pesquisa.
Em termos gerais, de acordo com o estudo, havia no Brasil, em 2022, cerca de 72 milhões de unidades domésticas, 15 milhões a mais que em 2010. A maioria com até três moradores.
A pesquisa também contabilizou a ocorrência de óbitos no país. Entre agosto de 2021 e julho de 2022 foram 1.326.138, sendo 54,5% do sexo masculino. As idades em que os óbitos masculinos mais sobressaem são de 15 a 34 anos, especialmente devido a causas violentas como homicídios e acidentes de trânsito.