Três semanas após o terremoto que destruiu partes do sudeste da Turquia e do noroeste da Síria, e que deixou mais de 50.000 mortos nos dois países, um novo tremor, de magnitude 5,6 graus na Escala Richter, atingiu a região nesta segunda-feira, 27 de fevereiro.
O epicentro do novo tremor aconteceu em Yesilyurt, na região de Malatya, no leste da Turquia, também afetado pelo terremoto de 6 de fevereiro. Segundo o prefeito da cidade, Mehmet Cinar, mais 29 prédios desabaram, uma pessoa morreu e mais de 100 ficaram feridas.
Desde a catástrofe, mais de 6.000 tremores secundários foram registrados. A magnitude do novo terremoto foi de 5,7 graus, de acordo com o Centro de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos (USGS), que monitora terremotos em todo o mundo em tempo real. Já o Centro Sismológico Euromediterrâneo fala de magnitude 5,5 graus.
Nos dois casos, a força do tremor é significantemente menor que a do terremoto do dia 6 de fevereiro, que alcançou magnitude 7,8 graus e é um dos piores da história da região e destruiu milhares de prédios e cidades na região central da Turquia e no norte da Síria. O abalo de ontem ocorreu a 61,5 quilômetros de profundidade.
O novo tremor acontece com a região central da Turquia ainda praticamente sob escombros e tentando achar um caminho para a reconstrução de cidades inteiras. Mais de 173 mil prédios foram total ou parcialmente destruídos somente na Turquia, segundo o governo.
O presidente turco, Recep Tayip Erdogan, muito criticado pela resposta lenta, tem culpado construtoras de edifícios, que não seguiam os protocolos antiterremoto, pela destruição. Nesta segunda-feira, o governo afirmou que mais 184 pessoas suspeitas de não cumprir com os protocolos foram presas.
A Turquia concluiu na semana passada as operações de resgate em quase todas as províncias após o terremoto que atingiu o país e a Síria. As buscas serão mantidas apenas nas duas províncias mais atingidas pelo tremor que deixou mais de 46.000 mortos apenas em território turco.
São aproximadamente 7.000 na Síria, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 53.000 nos dois países. As autoridades não informaram o número de pessoas que ficaram desabrigadas após os terremotos. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, havia dito na semana passada que mais de dois milhões de pessoas saíram das províncias afetadas por seus próprios meios. Em um segundo terremoto, de 6,4 graus, em 20 de fevereiro, ao menos oito pessoas morreram na Turquia.