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Cultura

Novo ‘Star Wars’ chega às telas

“Star Wars: Os últimos Jedi” estreia nesta quinta-feira, 14 de dezembro, nas salas de cinema dos quatro shopping centers de Ribeirão Preto – RibeirãoSho­pping (UCI), Novo Shopping (Cinemark), Shopping Iguatemi e Shopping Santa Úrsula (ambos do Cinépolis). O oitavo episódio da saga espacial é considerado um dos melhores já feitos e não é uma regravação de “O Império contra-ataca” (1980).

O filme dirigido e escrito por Rian Johnson (“Looper: Assas­sinos do futuro”) tira a aventura da trilha que parecia clara após “O despertar da Força” (2015) – criticado por alguns pela tra­ma muito parecida a “Uma nova esperança” (1977) –, dá espaço para que todos os seus protago­nistas brilhem e dificulta a vida para quem achava que já sabia o que vai acontecer no próximo.

“O despertar da Força”, de J.J. Abrams, foi um estouro de bi­lheteria, com US$ 936,6 milhões (mais de R$ 3 bilhões) nos Esta­dos Unidos, um recorde, e US$ 1,1 bilhão (R$ 3,6 bilhões) no resto do mundo. Isso adicionou um tiquinho de pressão em Rian Johnson, diretor da segunda par­te da nova trilogia. Ele elogia o filme anterior, que considera “incrivelmente criativo”, desta­cando a apresentação de novos personagens, como Kylo Ren (Adam Driver), Rey (Daisy Ridley), Finn (John Boyega) e Poe Dameron (Oscar Isaac), “que parecem personagens de Star Wars que existem há mui­to tempo”.

“Os últimos Jedi” começa praticamente onde o anteces­sor terminou. Rey (Daisy Rid­ley) encontra Luke Skywalker (Mark Hamill) no planeta iso­lado onde o antigo mestre Jedi se escondeu. Por causa de erros do passado, o amargurado ve­terano resiste a ensinar a jovem a controlar seus poderes com a Força. Enquanto isso, as tropas sobreviventes da Rebelião, or­ganização liderada pela general Leia Organa (Carrie Fisher) que luta para libertar a galáxia, correm para escapar da última e maior investida da implacável Primeira Ordem.

É a dupla formada por Rey e Kylo quem repete o papel de foco da trama. Sem a preocupação de ter de apre­sentá-los, o filme tem mais li­berdade para brincar com as ideias e teorias que o público formou desde 2015. Com isso, “Os últimos Jedi” reforça o conceito central à série de luz e escuridão, bem e mal, mas mostra que pode existir uma área cinzenta entre os dois lados. Falando em equilíbrio, o oitavo episódio da série consegue uma bela harmonia entre momentos emocionantes e aqueles que ar­rancarão risos dos fãs.

Luke Skywalker – Após a decepção por aparecer sem fa­las apenas na última cena do filme de 2015, Hamill pode respirar aliviado. Luke está definitivamente de volta – com todas as suas qualidade e seus defeitos. Após décadas de nostalgia (e graças ao carisma de seu intérprete), é fácil esquecer o quanto o personagem era irritante na trilogia original, e isso não mudou. Ator­mentado pelo confronto com o sobrinho, Ben Solo/ Kylo Ren (Adam Driver), ele é um dos pontos fracos do início da trama enquanto reluta em tomar Rey como discípula.

Mas, com uma pequena aju­da, ele cresce após superar seu trauma e é o astro de uma das sequências mais emocionantes do filme. Essa é, aliás, uma das maiores forças do roteiro de Jo­hnson, cineasta que comandará uma trilogia totalmente nova (e fora da saga dos Skywalkers). Em “Os últimos Jedi”, todos têm seu momento de destaque.

Leia manifesta sua cone­xão com a Força de uma das maneiras mais incríveis de toda a franquia. Poe Dameron (Oscar Isaac) prova que sua fama como um dos melhores pilotos da Rebelião é merecida. Finn (John Boyega) enfrenta a Capitã Phasma (Gwendoline Christie). E até novatas como Rose (Kelly Marie Tran) e a vice-almirante Holdo (Laura Dern) mostram que não são meras participações especiais.

O humor inocente do filme, saído diretamente de outras pro­duções da Disney, pode incomo­dar alguns, mas não compromete – esta é basicamente a definição dos Porgs, criaturinhas fofas cla­ramente inseridas na trama para vender brinquedos. Ao mesmo tempo, a maior parte das cenas de cada personagem tem potencial para arrancar lágrimas do públi­co. E lembrar da morte inespera­da de Fisher no final de 2016 aju­da a intensificar os sentimentos.

Johnson deixa para J. J. Abra­ms, que retorna ao comando da série no novo e derradeiro episó­dio, um caminho cheio de possi­bilidades. Agora só resta aos fãs esperarem até dezembro de 2019 para saber se estes são mesmo os últimos Jedi – ou se o fim de um ciclo é apenas o começo de uma nova Ordem.

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