O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), voltou atrás em mais um anúncio nesta terça-feira (13) e disse que o Trabalho manterá status de ministério, sendo reunido com outra pasta, ainda indefinida. No último dia 7, Bolsonaro havia dito que o ministério seria extinto e incorporado a outra pasta, sem especificar qual.
“Vai continuar com status de ministério, não vai ser secretaria não”, declarou o presidente eleito, em entrevista coletiva na saída de visita ao STM (Superior Tribunal Militar), em Brasília.
Ao ser questionado se a pasta não seria mais extinta, como foi anunciado, Bolsonaro foi inicialmente mais vago em sua explicação.
Eu não sei qual vai ser, está em estudo final com o Onyx Lorenzoni [futuro ministro da Casa Civil e coordenador da equipe de transição] e mais algumas pessoas trabalhando nessa área. Temos tempo para definir, mas a princípio é um enxugamento de ministérios, ninguém está menosprezando o Ministério do Trabalho. Está apenas sendo absorvido por outra pasta”, comentou.
TSE
No início da tarde, Bolsonaro fez uma rápida visita ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), onde se encontrou com a presidente da Corte, ministra Rosa Weber. O presidente eleito chegou e saiu do local sem falar com a imprensa, que se aglomerou na entrada da sala da Presidência do tribunal.
Segundo o TSE, Rosa Weber entregou a Bolsonaro um exemplar da Constituição. Após o encontro, o presidente eleito fez uma vista ao plenário da Corte, local onde ocorrerá a cerimônia de sua diplomação no próximo dia 10 de dezembro.
Já no encontro com o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, aberto a jornalistas, Bolsonaro se disse “muito honrado” de ser recebido e acenou para cooperação com a Corte.
“Na verdade, juntos nós devemos administrar esse país. Sozinhos, nada conseguiremos. O Brasil enfrenta problemas seríssimos de emprego. E o que nós pudermos, em conjunto, aperfeiçoar a legislação para que esse impasse seja resolvido, vossa excelência conte comigo. E eu tenho certeza que conto com vossa excelência também”, declarou.