“Estou pessoalmente em contato diário com todos os organizadores das provas porque sabemos que a pandemia ainda está acontecendo e sabemos muito bem sobre os efeitos dela. É por isso que mudamos o lugar da Austrália no calendário. Mas, até agora, as informações que temos são de que todos gostariam de realmente seguir com o plano”, afirmou o dirigente, em entrevista à TV Sky Sports.
Domenicali disse que sua postura será “flexível” diante das demandas dos promotores das corridas e dos riscos envolvidos na pandemia. “Claro, temos de ser flexíveis para entender que, talvez na primeira parte da temporada, possamos ter algumas provas sem público ou com público restrito. Mas o que posso garantir aos nossos fãs é que realmente queremos ter a certeza de que a temporada está aí. Temos um compromisso.”
O novo chefão da F-1 indicou que o calendário de 23 provas, um recorde na história da categoria, poderá ser reduzido, como aconteceu em 2020. Mas avisou que trabalha com “alternativas” para o caso de provas canceladas.
“Temos alternativas possíveis. Não há razão para mentir, não há razão para dizer algo que não seja certo e correto. Isso é o que sabemos hoje, mas sabemos como a pandemia evoluiu, por isso precisamos estar prontos para uma abordagem flexível na temporada. Ter 23 corridas é um número muito importante, sem dúvida, em termos de quantidade, em termos de atenção, em termos de dedicação das pessoas.”
Na mesma entrevista, o ex-chefe da Ferrari disse torcer para que Hamilton renove o quanto antes o seu vínculo com a Mercedes. “É claro que ele tem a grande oportunidade de se tornar o maior de todos, em termos numéricos. E ele tem também a oportunidade de manter um papel que vai além do plano esportivo. Estou convencido e espero, como alguém que tem um interesse nesse caso, que tudo seja resolvido rapidamente.”
No entanto, Domenicali revelou que ter conversado com o britânico no fim do ano e a resposta ainda estava indefinida. “Conversamos no final do ano, próximo do Natal. Ele não quis me confirmar se vai renovar ou não com a Mercedes”, contou o italiano. “Acredito que Hamilton quer também seguir trabalhando em áreas fora da Fórmula 1. Você pode fazer isso sendo um ex-piloto, mas, como um piloto na ativa, é possível atingir mais pessoas.”