Nove integrantes do alto escalão do governo Duarte Nogueira (PSDB) pediram exoneração de seus cargos. Os desligamentos foram publicados no Diário Oficial do Município (DOM) de quarta-feira (3). A debandada tem relação direta com as eleições municipais deste ano. Vários pretendem disputar uma vaga na Câmara de Vereadores e outros almejam ser indicados pelos partidos aos quais estão filiados para disputar a sucessão do tucano.
Deixaram o governo os secretários municipais Alessandro Hirata (PSDB, Casa Civil), Ricardo Aguiar (PSDB, secretário de Esportes), Daniel Gobbi (PP, vice-prefeito e secretário municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano) e Gláucia Berenice (Republicanos, da Assistência Social) – vereadora licenciada, retornou à Câmara para tentar a reeleição.
Com isso, André Trindade (União Brasil) volta para a suplência. Também pediu exoneração Cristiane Framartino Bezerra (MDB), superintendente da Fundação Instituto do Livro, que disputou a prefeitura de Ribeirão Preto no pleito de 2020. Rodrigo Simões, diretor-presidente da Fundação de Formação Tecnológica de Ribeirão Preto (Funtec), que foi vereador por dois mandatos no período de 2013 a 2020, também deixou o cargo.
Renata Corrêa Gregoldo (PSDB), diretora do Departamento de Transparência e Integridade Pública da Controladoria Geral do Município pediu exoneração. Ela já foi presidente do Fundo Social de Solidariedade e secretária municipal da Assistência Social. Também foi candidata a vereadora em 2020.
Por fim, a lista inclui Yuri Diniz Saia (PSDB, administrador Regional da Região Sul) e Ismael Colosi (União Brasil, administrador Regional Oeste). O secretário municipal de Educação, Felipe Elias Miguel, cotado para disputar a prefeitura de Ribeirão Preto ou a vereança, ainda não pediu exoneração. Ele teria desistido das eleições.
O total de exonerados ainda pode aumentar , já que termina nesta sexta-feira (5) o prazo para que ocupantes de cargos comissionados que pretendem ser candidatos deixem seus cargos. A Legislação Eleitoral determina que a desincompatibilização deve acontecer seis meses antes do pleito.
Janela eleitoral – A janela eleitoral termina nesta sexta-feira e o prazo para filiação partidária expira no dia seguinte, sábado, 6 de abril. Neste período, vereadores podem mudar de partido sem ter os mandatos questionados ou cassados pelas legendas pelas quais foram eleitos.
Neste período de 30 dias, ocupantes de cargos eletivos, obtidos em pleitos proporcionais, podem trocar de partido sem perderem o mandato. Essa possibilidade está prevista na Lei dos Partidos Políticos (nº 9.096/95) e é considerada uma justa causa para desfiliação partidária, se ela for feita durante o período permitido.
Até o momento, já mudaram de partido os vereadores Bertinho Scandiuzzi (saiu do PSDB e foi para o PSD), Jean Corauci e Luis França – ambos do PSB, também migraram para o PSD dos deputados Ricardo Silva (federal) e Rafael Silva (estadual).
O vereador Paulo Modas, atualmente no União Brasil, também deverá migrar para o PSD. Já Lincoln Fernandes deixou o PDT e ingressou no PL do ex-presidente Jair Bolsonaro. Franco Ferro, que estava no PRTB, foi para o Progressistas (PP). Atualmente, Ribeirão Preto já tem, oficialmente, sete pré-candidatos a prefeito.
São eles Daniel Gobbi (PP), Jorge Roque (PT), Igor Oliveira (MDB), Mauro Inácio (PSOL), Suely Vilela (PSB), Marco Aurélio Martins (Novo) e Isaac Antunes (PL). Ricardo Silva ainda não oficializou se será candidato. Lincoln Fernandes também está cotado para a disputa. O ex-vereador Walter Gomes (sem-partido) anunciou que pretende concorrer.