A Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto (Transerp) estuda a possibilidade de ampliar o sistema de estacionamento de vagas rotativo e levar a Área Azul para a região da avenida Nove Julho, que atravessa vários bairros da cidade – Centro, Higienópolis, Jardim Sumaré e Vila Seixas, por exemplo. Muita gente reclama que leva até 20 minutos para encontrar um local para estacionar na via.
O estudo abrange várias ruas adjacentes, onde há muitas clínicas e hospitais. No ano passado, a Transerp implantou o sistema na avenida Dom Pedro I, no Ipiranga, e no Aeroporto Estadual Doutor Leite Lopes, elevando o total de espaços disponíveis da Área Azul para 1.734 – são 1.268 vagas na região central, 165 na avenida da Saudade, nos Campos Elíseos, 202 na Dom Pedro I, no Ipiranga, e mais 99 no aeroporto.
Em nota enviada ao Tribuna, “a Transerp informa que, atualmente, realiza levantamentos técnicos e estudos na referida avenida visando implementar o estacionamento rotativo no local. Os estudos se encontram em andamento”, diz. No ano passado, depois de um imbróglio da gestão anterior, a prefeitura conseguiu retomar a cobrança da Área Azul, que estava suspensa desde setembro de 2015 por decisão judicial.
A volta do sistema e a criação de novas vagas tiveram o apoio da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), para evitar que um veículo ocupe a vaga o dia todo. A Transerp também pretende ampliar a forma de pagamento da Área Azul. Atualmente, a única possibilidade é a compra do cartão com comerciantes. No entanto, a empresa ainda não sabe qual modelo vai adotar e um dos preferidos é o pagamento via smartphone, como o utilizado em São Paulo, no qual a placa do veículo fica cadastrada em um sistema de consulta dos agentes de fiscalização, sem necessidade de cartão.
Também não há definição se a Transerp irá implementar o sistema por conta própria ou mediante parcerias com a iniciativa privada. O motorista infrator que não respeitar as regras da Área Azul corre o risco de ser autuado com base no Código de Trânsito Brasileiro, pagará multa de R$ 195,23 e vai perder cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) – infração grave.
As motocicletas são dispensadas do pagamento da tarifa desde que sejam estacionadas nos locais estabelecidos por sinalização própria, desta forma, ficando proibidas de estacionarem entre os veículos. O cartão amarelo, válido por uma hora, custa R$ 1,50, e o verde, que libera a vaga por 120 minutos, é vendido por R$ 3, mas o tempo máximo de permanência é de três horas – R$ 4,50 no total. Vários lojistas vendem os cartões nas regiões onde o sistema já foi implantado.