Tribuna Ribeirão
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Novamente, é Natal. 

Rui Flávio Chúfalo Guião 

Advogado, empresário, é Presidente do Conselho da Santa Emília Automóveis e Motos e Secretário-Geral da Academia Ribeirãopretana de Letras. 

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E eis que, quando menos se espera, chega o fim do ano e, com ele as festas do período. Dentre elas, a mais expressiva é o Natal, comemoração universal de congraçamento da Humanidade, vivida por seus valores religiosos e também por aqueles que não creem, como momento de reflexão acerca dos valores que nos unem. 

Alguns estudiosos levantam a hipótese de o Cristo não ter nascido naquele dia do último mês do ano, alegando ainda que a escolha da data se deveu a antigas festas pagãs. Na realidade, esta discussão não importa. Houve várias mudanças de calendários, o fato ocorreu há mais de dois mil anos. O importante é termos um dia para celebrarmos personagem tão importante para todos nós. 

O Natal, para os religiosos, é momento supremo da aliança de Deus com os homens, quando enviou seu Filho para redimir os pecados, sujeitando-o a momentos de extrema dor e humilhação. Seus ensinamentos servem até hoje de parâmetro para as ações humanas e sua promessa de vida eterna, alento para a existência dos homens. A ideia da Santíssima Trindade, una, indivisível e, ao mesmo tempo, separada em ramos distintos é um dos mistérios que cerca a inteligência humana. 

Somente a fé tem resposta para muitos dos mistérios da religião, profunda manifestação de contato com o Eterno. 

Para os não religiosos, Jesus foi um homem extraordinário, um profeta diferenciado que, com seus ensinamentos, moldou nossa civilização ocidental. Apesar da idade do Velho e do Novo Testamentos, suas mensagens transcendem ao tempo e oferecem lições contínuas. 

O Natal é cheio de outros simbolismos, como a árvore que decora nossas casas, estabelecimentos comerciais e locais abertos ao público. A tradição remonta à Antiguidade, quando nossos ancestrais levavam para dentro das casas exemplares das poucas árvores que não perdem as folhas, durante o inverno. Era um símbolo da permanência da vida e de fertilidade. 

Presentear os próximos veio do episódio da visita dos três Reis Magos ao Cristo, presenteando-o com ouro, sinal da realeza; incenso, marca de sua divindade e mirra, que realça o aspecto humano do recém-nascido. O costume foi aumentando e se espalhando pelo mundo, sendo hoje prática entre todos os cristãos. 

Papai Noel é mais recente, teria sido criado pela Coca-Cola na sua versão barbuda e vestido de vermelho, em substituição ao pouco colorido São Nicolau, que o inspirou. A associação de que o bom velhinho é pródigo em trazer presentes para as crianças, o mito que cerca sua existência e a ideia de se presentear desaguaram na prática de se colocar meias na lareira para serem preenchidas nas visitas noturnas. Apesar de não termos neve no Hemisfério Sul e pouquíssimas lareiras domésticas, o costume proliferou entre nós. 

Enfim, o Natal é momento de pensar a razão de nossa existência, reunir os familiares e amigos, expressar nossa solidariedade humana e reviver a necessidade que temos de sociabilizar. 

Feliz Natal a todos os que leram esta coluna. 

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