A procuradora-geral da República, Raquel Dodge informou ao ministro do Trabalho que sua nova proposta para a polêmica portaria que trouxe novas regras para a fiscalização de casos de trabalho escravo, dificultando a libertação de pessoas, não atende à recomendação conjunta que ele havia recebido do Ministério Público Federal e do Ministério Público do Trabalho, nem à decisão judicial da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, que suspendeu os efeitos da portaria.
O ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira informou a Michel Temer que estava trabalhando junto à Procuradoria-Geral da República para ”aperfeiçoar” a portaria sem que fosse necessário revogá-la.
Contudo, segundo a assessoria de comunicação de Raquel Dodge, o ministro apenas trouxe a ela uma proposta de novo texto, nesta terça (7) que ela prometeu analisar. Na noite do mesmo dia, Dodge entrou em contato com ele e afirmou que o novo texto não atendia às demandas do Ministério Público e da Suprema Corte.
Fontes ligadas ao Palácio do Planalto informam que o Ministério do Trabalho pretende publicar uma nova edição da portaria entre amanhã e sexta.