Uma pesquisa da Universidade de Toronto e do Instituto de Pesquisa Sannybrook, no Canadá, identificou uma nova variante altamente mutada do coronavírus em cervos. Uma cepa muito parecida também foi identificada em um ser humano, podendo ser a primeira transmissão dos animais para pessoas.
Os cientistas afirmaram que a nova versão do vírus está evoluindo nos animais desde o final de 2020. “O vírus que está evoluindo nos cervos está divergindo do que estamos vendo claramente em humanos”, explicou a virologista Samira Mubareka, ao jornal The New York Times.
O estudo coletou amostras de 300 cervos abatidos por caçadores entre novembro e dezembro de 2021 e aproximadamente 6% dos animais testou positivo para a versão do coronavírus.
Segundo a pesquisa, a cepa possui 76 mutações e algumas delas já tinham sido encontradas em amostras virais de outros animais detectados. A versão do vírus possui similaridade com o coronavírus que circulava na população de Michigan, nos Estados Unidos, no ano anterior.
A pesquisa ainda não foi revisada pela comunidade científica, mas os autores ressaltam que não existe motivo para preocupação pois não há indícios que esta linhagem do coronavírus encontrada nos cervos esteja se espalhando entre os humanos, ou oferecendo risco para a população.
Infectados com Covid-19 podem ter variantes escondidas no corpo, diz estudo
A contaminação pelo vírus da Covid-19 pode trazer outras consequências severas para os infectados além da doença. Um novo estudo indica que contaminados podem ter mais de uma variante no corpo e que elas podem se aproveitar de um mecanismo da estrutura do vírus para se esconder em algumas partes.
Segundo a pesquisa publicada na revista Nature Communications, o vírus da Covid-19 pode aproveitar células dos rins e outras partes do corpo para se esconder, ganhando tempo para desenvolver mutações e adaptar sua imunidade. Esse processo atrapalha a eliminação do vírus e pode fazer o hospedeiro permanecer com amostras da doença no corpo por um período maior de tempo.