Tribuna Ribeirão
Economia

Nova legislação vale a partir deste sábado

Neste sábado, 11 de novem­bro, entram em vigor as novas regras das relações trabalhistas no Brasil, aprovadas pelo Con­gresso e sancionadas pelo pre­sidente Michel Temer (PMDB) em 13 de julho. A nova legisla­ção altera uma série de normas previstas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a pre­valência do negociado sobre o legislado – pontos que poderão ser negociados entre emprega­dores e empregados e, em caso de acordo coletivo, passarão a ter força de lei.

As mudanças foram discu­tidas e aprovadas na reforma trabalhista. Essas mudanças afetam o cotidiano das rela­ções trabalhistas, pois alteram pontos como férias, jornada de trabalho, remuneração, além de implantar e regulamentar novas modalidades de trabalho, como o trabalho remoto – home office – e o trabalho intermitente. Es­pecialistas alertam que empre­gados e empresas devem ficar atentos às alterações que virão nos novos contratos assinados a partir do dia 11.

O advogado Ricardo Perei­ra de Freitas Guimarães, dou­tor em Direito do Trabalho e professor da pós-graduação da PUC-SP, avalia que, apesar de empresas e trabalhadores já esta­rem cientes das mudanças desde julho, os efeitos da reforma serão sentidos nos próximos meses, no cotidiano da relação. “Apesar de considerar a reforma incons­titucional, é importante destacar que determinados direitos dos trabalhadores não serão afeta­dos, pois são direitos constitu­cionais, como o recebimento do FGTS; os 30 dias de férias; o des­canso semanal remunerado e o 13º salário”, afirma Guimarães.

Como resposta à reforma trabalhista, as centrais sindicais convocaram seus filiados para o “Dia Nacional de Mobilização em Defesa dos Direitos”, que será realizado nesta sexta-feira, 10 de novembro, em todo o país. A ideia é paralisar as principais vias de todas as capitais para chamar a atenção da população sobre as mudanças nas leis tra­balhistas trazidas pela reforma. Em São Paulo, as centrais irão organizar a “Grande Marcha da Classe Trabalhadora em Defesa dos Direitos, da Soberania e da Democracia”, que deve reunir 40 mil pessoas na Praça da Sé.

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