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Nosso desenvolvimento de volta

Ainda não vencemos a pandemia de covid-19. Persistem registros da transmissão e da doença, mas a queda nos números é expressiva e tem levado a outros números alentadores e que indicam a retomada crescente das atividades econômicas e, por consequência, as sociais, culturais e de lazer. Os protocolos ainda são imprescindíveis em função da transmissão ativa. Porém o avanço da vacinação já reflete bons resultados positivos na saúde e um cenário econômico até melhor do que muitos esperavam para este período do ano, quando nos encaminhamos para as comemorações de Natal e a confraternização universal do novo ano.
Estou convicto de que haverá situação muito melhor do que a registrada no ano passa
do.
A base para estas informações é, principalmente, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na terça-feira, 26, e que registram o maior saldo de empregos em Ribeirão Preto neste ano. Em setembro, a cidade criou 2.234 vagas de trabalho, com 11.164 contratações e 8.930 demissões. É um dado animador, porque somamos, nos primei­ros meses de 2021, 12.934 novos postos de trabalho. A expecta­tiva é por números ainda melhores em outubro e novembro, em virtude da aproximação do final do ano e de melhores vendas no comércio, com oferta de novas oportunidades.

O fato animador é que a oferta de novas vagas está em cresci­mento gradual. Em julho havíamos batido o recorde do ano, em agosto houve estabilidade e em setembro chegamos a um novo maior número de postos criados em nossa cidade, com destaque para o setor de serviços, que registrou saldo de 1.183 empregos, seguido pelo comércio, com 420, e indústria, com 385 novos postos de trabalho. A construção civil gerou sozinha 223 vagas na cidade, o que demonstra também a ampliação de investimen­tos em empreendimentos novos e reformas de imóveis.

A retomada econômica foi possível após alcançarmos um índice expressivo na vacinação da população, e o saldo de empregos deste mês comprova a boa notícia. O mesmo com­portamento verifica-se no país, com aumento de oportunidades. No trimestre encerrado em agosto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta redução do desemprego para 13,2%, contra 14,4% registrado no mesmo período do ano passado. O percentual é menor que a expectativa do mercado, que era chegar a 13,4%. É um percentual ainda alto, mas com possibilidade de reduções constantes com a ampliação do reiní­cio das atividades econômicas.

O maior número de vagas abertas tem também levado ao crescimento de consumo, registrando até dificuldades de abastecimento em algumas atividades e o consequente aumento de preços, como é o caso dos combustíveis, que também sofrem com as oscilações do câmbio e registram crescimento considerável de preços, acima de qualquer índice inflacionário. E a inflação em alta é um alerta para o governo federal, que precisa acionar mecanismos de controle. Porque este é um fator econômico tão difícil de enfrentar quanto a falta de emprego, porque a renda chega e não se sustenta. É consumida pelo maior custo de vida.

Como nos estados e municípios não temos como controlar preços, índices inflacionários, câmbio etc., que são atribuições do governo da União, nos cabe estabelecer boas práticas de gestão que resultem em maior facilidade ao trabalho da iniciativa priva­da, responsável pela geração de empregos. E no caso específico dos últimos meses, trabalhar pelo avanço da vacinação e oferecer a imunização a todos os cidadãos, para que possam retomar suas atividades da forma mais normal possível.

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