Tribuna Ribeirão
Geral

Nossa Senhora Aparecida – Pandemia cancela romaria da padroeira

ARQUIDIOCESE DE RIBEIRÃO PRETO/DIVULGAÇÃO

A 51ª edição da tradicio­nal Romaria de Nossa Senho­ra Aparecida, em Ribeirão Preto, que acontece no Dia da Padroeira do Brasil, 12 de outubro, foi adiada para 2022 por causa da pandemia de covid-19. É a segunda vez se­guida que o evento é cancela­do por causa do coronavírus. Antes do Sars-CoV-2, foram cinco décadas de caminhada sem interrupção.

No dia 15 de setembro, o padre Mário Reis da Silveira, pároco da Igreja Senhor Bom Jesus do Bonfim, em Bonfim Paulista, emitiu uma carta-co­municado orientando os de­votos que não saiam de suas paróquias e comunidades, em grupo ou individualmente, rumo ao distrito.

O pároco orienta os de­votos a celebrarem as datas nas paróquias de suas comu­nidades, sempre respeitando as regras de distanciamento e sanitárias, como o uso da más­cara e higienização frequente. O religioso cita que a condição imposta para o retorno da pro­cissão em 2021 pela Arquidio­cese de Ribeirão Preto seria a vacinação completa.

Ou seja, com duas doses ou dose única, a toda a população. Como o índice não foi alcan­çado a tempo, o evento foi no­vamente cancelado. No entan­to, mesmo com a suspensão, fiéis realizaram procissões em 2020. Eles estavam de másca­ras e em pequenos grupos.

O padre apela ao decre­to arquidiocesano de 14 de agosto de 2020, assinado pelo arcebispo metropolitano dom Moacir Silva, e às orientações da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), de 21 de maio. Ambos pregam o dis­tanciamento social, pedem a todos os fiéis que evitem aglo­meração e adotem as medidas sanitárias contra a propagação do coronavírus.

Diz ainda que a romaria será realizada em 12 de ou­tubro de 2022. Ressalta que a Arquidiocese de Ribeirão Preto e prefeitura estão unidas “neste apelo aos fiéis católicos e à população como um todo, para que obedeçam às normas restritivas a que todos estamos obrigados neste tempo de pan­demia, sobretudo no que tange à suspensão de peregrinações, procissões, festas, romarias, con­centrações religiosas, acampa­mentos e outras atividades si­milares passíveis, portanto, de forte propagação do vírus.”

A Romaria de Nossa Se­nhora Aparecida, Padroeira do Brasil, um evento de fé e devoção, é celebrado há cinco décadas em Ribeirão Preto – foi idealizada pelo subtenen­te Luiz Gonzaga do Carmo. A primeira saiu da Paróquia Santa Maria Goretti, na Vila Virgínia, Zona Oeste, em 31 de agosto de 1969, com 45 ro­meiros, em direção à Paróquia Senhor Bom Jesus do Bonfim.

A cada edição o número de peregrinos foi crescendo. Em 2019, quando a romaria completou 50 anos oficialmen­te, cerca de 50 mil devotos da ci­dade e da Região Metropolitana participaram. A organização é da prefeitura de Ribeirão Preto, através da Secretaria Munici­pal da Cultura. O percurso tem doze quilômetros até a igreja em Bonfim Paulista, na rua Coronel Furquim nº 389.

A concentração ocorre na Câmara de Vereadores, com a recepção do andor de Nossa Senhora Aparecida. A Santa Missa é celebrada pelo arcebis­po metropolitano dom Moacir Silva, juntamente do pároco Mário Reis da Silveira.

O percurso é embalado por músicas e orações entoadas pelos fiéis e peregrinos. Desde 21 de julho de 2016, por inicia­tiva do vereador Paulo Modas (PSL), o evento é considerado patrimônio cultural, históri­co e imaterial do município – projeto de lei n° 1.223/2016.

Em 2017, a 48ª edição da romaria celebrou os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida. Em outubro de 1717, os pescado­res João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia foram en­carregados de conseguir peixe para o banquete que Vila de Santo Antônio de Guaratin­guetá iria oferecer a dom Pe­dro de Almeida e Portugal, o Conde de Assumar, que na época também era o governa­dor da Província de São Paulo e Minas Gerais.

Após várias tentativas de pesca, os três pescadores tira­ram das águas escuras do Rio Paraíba uma imagem de Nossa Senhora que veio nas redes em dois pedaços: primeiro o cor­po e em seguida, rio abaixo, a cabeça. Ao colocar a imagem dentro do barco, os pesca­dores, que antes não tinham conseguido pescar nada, en­cheram as suas redes com uma quantidade abundante de pei­xes. Nascia ali uma devoção.

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