Os ambientalistas, especialistas e outros istas das minhas listas, há muitos anos, sem retórica política, estamos alertando a humanidade, seja ela global, regional ou local, sobre o Efeito Estufa e suas conseqüências ao nosso planetinha.
Nunca, ou quase nunca, fomos ouvidos. Precisou haver três importantes fóruns in-ternacionais (Paris, Bruxelas e Bangkok) e mais uma recente reunião em Sidnei – Austrália, todos com algumas centenas de cientistas de renome, para que os passageiros dessa nave por nós chamada Terra acordassem preocupados com o dilúvio ao contrário que já está acontecendo, denominado aquecimento global.
No meio dessas preocupações, foram criados dois movimentos de grande importân-cia: o “Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL” e o “Produção mais Limpa – P+L”. Um e outro vão se associar a dezenas de siglas, programas, projetos e assemelhados que deverão ao menos tentar reduzir a produção dos gases formadores do Efeito Estufa. Ambos, no entanto, baseiam-se na extração ambientalmente correta das matérias-primas, sejam de origem mineral, vegetal ou animal, transporte, com a utilização de equipamentos não poluentes desse material, até o setor produtivo, que por sua vez, ao adicionar valor a-gregado nelas, deverá fazê-lo de forma social e ambientalmente correta, inclusive no pro-cesso de distribuição aos pontos de venda ao consumidor final. Ao encerrar o ciclo de vida útil do produto, este deverá ter uma disposição final adequada: ou utilizado em processos de reciclagem, ou ter sua degradação natural sem causar danos ao meio ambiente.
Estas propostas podem ser gradativamente conseguidas se:
1.- Houver mais fontes alternativas de energia! Muito se fala no petróleo, na exage-rada utilização de energia elétrica e daí para a frente… Aqui no país pós-inflação, não há mais necessidade de estoque de perecíveis em casa. O freezer pode perfeitamente ser apro-veitado como um belo armário. Basta tirá-lo da tomada!
2.- Quando foi iniciada a produção das válvulas automáticas de descarga, algum profeta comentou que aquele equipamento iria transformar nossos cursos d’água no esgoto da humanidade e que o consumo de água por elas seria excessivo. Hoje, seja empreendi-mento predial de alto luxo, ou Cohab, já não se utiliza válvula automática, isto sim reserva-tórios que libertam cerca de seis litros e meio de água por descarga, o que está reduzindo drasticamente o consumo.
E por serem externos, são de fácil manutenção. É importante observar que se ocorre vazamento desse precioso líquido, o custo sai do nosso bolso, ou seja – estamos prejudicando a nós e principalmente à natureza. Já existem equipamentos que utilizam águas servidas (de banho e outras aplicações) para descarga nos banheiros.
3.- E o lixo útil? Nossas reciclagens local, regional e nacional, são incipientes quando existem… O setor econômico, aquele que com freqüência atravessa o samba, já demonstrou que topa a parada. Hoje, não se veem mais latas de cerveja e refrigerante no lixo ou na rua. As garrafas “pet” também já estão sendo recolhidas. As embalagens de leite “longa- vida”, também. Vamos continuar, incentivar e, principalmente, reciclar!
4.- Consumismo compulsivo… Viva a mídia que recomenda desde a utilização do computador de última geração XPZ qualquer coisa até a mola mestra do cano de escapamento para você ter pele macia e aveludada! E muita gente acredita nisto… É somente parar com os supérfluos.
Como foi possível ver nesses quatro exemplos, é fácil auxiliarmos o planetinha, mesmo sem conhecer o MDL ou o P+L comentados nos nossos primeiros parágrafos, pois estaremos contribuindo para a redução do consumo de energia, reaproveitamento de mate-rial, redução de emissão de gases que geram o efeito estufa, melhor utilização da água, e assim por diante. Um pouquinho de boa vontade e bom senso podem resolver o problema. E nós os temos.
Com a palavra todos nós, os habitantes deste querido planetinha!