Tribuna Ribeirão
Cultura

‘Nomadland’ vence como melhor filme

A consagração da série “The Crown”, na TV, e do filme “Nomadland”, no cine­ma, além da grande derrota de “Mank”, que não levou nenhum prêmio, foram os destaques da 78ª cerimônia de premiação do Globo de Ouro, nos Estados Unidos, a primeira festa da tempo­rada cinematográfica de Hollywood e que aconteceu de forma remota, online, por causa da pandemia do novo coronavírus.

Celebrando os melhores do cinema e da TV, o Globo de Ouro teve momentos de forte emoção, assim como engraçados. No primei­ro quesito, o destaque foi o discurso da cantora Taylor Simone Ledward, viúva de Chadwick Boseman, premia­do postumamente como me­lhor ator de drama por A Voz Suprema do Blues.

“Ele agradeceria Deus, seus ancestrais, a equipe do set. Ele diria algo lindo, inspi­rador, que amplificaria aque­la voz que nos diz para seguir em frente. Não tenho as pa­lavras dele, mas podemos ce­lebrar aqueles que amamos”, disse ela, em homenagem ao ator, que morreu em agosto do ano passado, aos 43 anos.

Foi certamente o momen­to mais emocionante de uma cerimônia que contou com duas apresentadoras, Tina Fey em Nova York e Amy Po­ehler em Los Angeles. Diante delas, poucas mesas tomadas por uma plateia de mascara­dos, bem diferente da tradi­cional opulência que marca a festa.

“Nomadland” ganhou o principal prêmio da noite, como melhor filme de drama, além de melhor direção para Chloé Zhao. “Schitt’s Creek” conquistou o troféu de me­lhor série de comédia (Cathe­rine O’Hara faturou o prêmio de melhor atriz de comédia/ musical). Já “The Crown” encerrou a noite abarrotado de prêmios: melhor série de drama, atriz (Emma Corrin), ator (Josh O’Connor) e atriz coadjuvante (Gillian Ander­son).

Não foram poucas as re­ferências aos delicados pro­blemas enfrentados pela As­sociação de Correspondentes Estrangeiros de Hollywood, que organiza a festa. Seja no discurso sério de Tina Fey (“a inclusão é importante, vocês precisam mudar isso”), seja em tom de brincadeira (“ga­nhei porque todos os jura­dos são brancos”, disse Sacha Baron Cohen, eleito melhor ator de comédia por “Borat: Fita de Cinema Seguinte”, escolhido também como me­lhor filme do gênero), a críti­ca sobre a falta de diversidade entre os votantes foi um dos tópicos da noite.

Não faltaram discursos políticos, como o de Mark Ruffalo (melhor ator de mi­nissérie ou filme para a TV, com “I Know This Much Is True”) defendendo a mãe Terra, ou mesmo de Jane Fonda, homenageada com o prêmio especial Cecil B. De Mille, que pregou a impor­tância da contação de histó­rias nesse momento pandê­mico: “vamos falar de vozes que incluem todos, para que todos sejam importantes e todos mostrem suas histórias e se reconheça a diversidade”, disse ela.

A cerimônia online apre­sentou problemas técnicos logo no início, quando acon­teceu o anúncio do vencedor de melhor ator coadjuvante em filme: o áudio do ven­cedor, Daniel Kaluuya, de “Judas e o Messias Negro”, falhou. Laura Dern, que apre­sentava o prêmio, chegou a se desculpar e a sair do palco, mas a voz do premiado sur­giu e ele voltou à tela.

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