Por Luiz Zanin Oricchio
Sequestro Relâmpago
(Brasil, 2017, 90 min.) Dir. Tata Amaral. Com Marina Ruy Barbosa, Daniel Rocha, Sidney Santiago
Em Sequestro Relâmpago, Tata Amaral monta seu cenário do caos urbano através de uma das modalidades mais frequentes e temidas do crime, aquela em que os bandidos sequestram a vítima e a obrigam a tirar dinheiro do caixa eletrônico. No caso, Isabel (Marina Ruy Barbosa) que, ao sair de um barzinho para pegar o carro, é abordada e levada por dois jovens, Matheus (Sidney Santiago) e Japonês (Daniel Rocha). A ideia não é tão nova. Trata-se de acompanhar a ação de bandidos amadores, que se atrapalham com o crime e põem tudo em risco – inclusive suas vidas e a da vítima.
Pinta também uma espécie de Síndrome de Estocolmo à brasileira, aquela em que a vítima acaba por simpatizar com os sequestradores. Cheia de peripécias, a trama encontra ponto forte na radiografia da noite paulistana, em suas quebradas periféricas. Muito bem filmado, Sequestro Relâmpago ressente-se de uma pulsação cinematográfica mais marcante, uma urgência que seria de esperar nas situações que retrata. Mas é bom filme.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.