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No Rio, Bia Ferreira e Arthur Nory levam o Prêmio Brasil Olímpico de 2019

Beatriz Ferreira e Arthur Nory recebem os prêmios (Ricardo Bufolin / Divulgação)
Por Marcio Dolzan

O Prêmio Brasil Olímpico coroou dois novos heróis na temporada. Beatriz Ferreira, do boxe, e Arthur Nory, da ginástica artística, ganharam o prêmio de Melhor Atleta do Ano. Ambos foram campeões mundiais em 2019 e conquistam a honraria pela primeira vez na carreira. O anúncio foi feito nesta terça-feira, em cerimônia de gala do “Oscar” do esporte nacional

Bia Ferreira superou Ana Marcela Cunha, que foi hegemônica na maratona aquática, e Nathalie Moellhausen, campeã mundial de esgrima, na votação entre jornalistas, dirigentes, Comissão de Atletas do COB, ex-atletas e personalidades do esporte. A boxeadora ganhou a medalha de ouro no Mundial de Boxe, em Ulan-Ude, na Rússia, na categoria até 60 kg, ao vencer a chinesa Cong Wang por 5 a 0.

“Estou muito feliz. Este ano foi incrível, tenho que agradecer muito a Deus e a minha família. Eu estou realizada”, declarou Bia, assim que recebeu o troféu. “Acreditem em mim. Vou chegar em Tóquio e representar bem o Brasil”.

O resultado foi a cereja no bolo da atleta, que acabou de completar 27 anos. Ela teve uma temporada incrível ao obter a impressionante marca de 24 pódios em 25 torneios disputados. Em 2019, Bia Ferreira ainda ganhou outra medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos ao superar a argentina Dayana Sanchez na final em Lima.

Já Arthur Nory, de 26 anos, foi campeão na barra fixa no Mundial de Ginástica Artística, em Stuttgart, na Alemanha. Ele obteve 14,900 e foi o melhor no aparelho. Já no Pan de Lima, ele foi prata na barra fixa, também foi segundo colocado no individual geral e ainda ganhou a medalha de ouro por equipes.

“A primeira vez que participei aqui em 2015, eu via os atletas homenageados e aquilo martelava na minha cabeça. Foi um incentivo pra mim”, revelou Arthur Nory. “Aí chegou 2019, que foi um ano incrível pra mim e pra ginástica”.

Os principais atletas do País estiveram presentes na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, para prestigiar o evento que foi marcado por homenagens a quem se destacou na temporada, como os membros da delegação verde e amarela nos Jogos Pan-Americanos de Lima, que ajudaram o Time Brasil a conquistar uma campanha histórica e bater o recorde de medalhas.

A 21.ª edição do Prêmio Brasil Olímpico também premiou Mateus Alves (boxe), considerado o melhor técnico do ano no individual, e Renan Dal Zotto (vôlei), no esporte coletivo. Já os destaques dos Jogos Escolares foram: Pâmela Nievilly (atletismo), Klerton Zaidan (badminton), Maria Luíza Elói (vôlei) e Guilherme Porto (wrestling).

Outro destaque da noite foi a homenagem a seis ídolos que entraram para o Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (COB): Guilherme Paraense (tiro esportivo), Joaquim Cruz (atletismo), João do Pulo (atletismo), Magic Paula (basquete) Maria Lenk (natação) e Sylvio de Magalhães Padilha (atletismo).

Já na votação popular de Atleta da Torcida, quem levou a melhor foi Hugo Calderano, do tênis de mesa, que contou com a sua popularidade para frear a ascensão de Flávia Saraiva, da ginástica artística, na disputa. “Esse prêmio é de todos os atletas e de todos os familiares. Tenho muito orgulho de receber isso”, disse Calderano, em vídeo enviado da China, onde ele está disputando um torneio.

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