Nessa vida já vi jornalista, no telefone, imitar voz de um político, ligar e conseguir informação exclusiva.
Também acompanhei a história de outro, que praticamente morou na porta de determinado figurão, para conseguir a sua entrevista. E até, por brincadeira, a “nomeação” de um presidente do antigo Banespa, que nunca aconteceu. Teve coletiva e pronunciamento oficial para dizer que o “escolhido não tinha aceitado”. São muitas.
Já tivemos, ao longo de nossa história, uma gente bem determinada em cumprir a sua missão da melhor forma possível e isso desde os tempos do Tico-Tico, Carlos Spera, Saulo Gomes, Ferreira Netto, Glória Maria, Marília Gabriela, Odilon Coutinho até muitos outros nos dias atuais.
Porém, a determinação do Roberto Cabrini ao ser designado para uma missão ou alguma que ele mesmo resolva encarar, é algo que sempre chama atenção.
Há uns 20 anos, o pessoal da técnica do SBT, entre cinegrafistas e operadores de áudio e luz, já comentava que para acompanhá-lo em qualquer viagem, sempre foi necessário estar pronto pra qualquer uma: esquecer que existem almoço ou janta, não dormir e, conforme as circunstâncias, ficar até dois ou três dias sem tomar banho. As histórias são tantas que dariam até um livro. A sua missão sempre em primeiro lugar.
E, mais uma vez, ele está se superando, agora na Ucrânia, em Kiev, acompanhando de perto os ataques russos. Mais uma vez um trabalho, além de tudo, dos mais corajosos. Cabrini está fácil, na lista dos maiores de todos os tempos.