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Nível do mar aumenta 2,5 vezes mais rápido

O nível dos oceanos está aumentando 2,5 vezes mais rapidamente no século 21, se comparado ao ritmo de ele­vação do século anterior. Essa é uma das conclusões de re­latório do Painel Intergover­namental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), apresentado na quarta­-feira, 25 de setembro.

Pequenas ilhas ameaçadas de submergir e geleiras que desapareceram são alguns dos impactos das mudanças climá­ticas, já consideradas “irrever­síveis” pelo grupo de especia­listas em clima da Organização das Nações Unidas (ONU) responsável pelo relatório.

Segundo o estudo, o nível do mar poderá subir mais de um metro até o ano de 2100 se for mantido o atual aumen­to das temperaturas globais. Dois dias depois da Cúpula do Clima, em Nova York (EUA), o relatório enfatizou que as medidas para reduzir as emis­sões de gases de efeito estufa podem fazer grande diferen­ça. Ao reduzir essas emissões, as mudanças prejudiciais aos oceanos não parariam subita­mente, mas diminuiriam.

Dessa forma, “haveria mais possibilidades de conservar ecossistemas e permitir que se ganhasse tempo”, disse a climatologista Valérie Masson­-Delmotte, que participou da elaboração do documento de 900 páginas do IPCC Ganhar tempo para, por exemplo, construir diques ao redor de cidades costeiras, como Nova York, ou antecipar a retirada de populações de Estados in­sulares que podem se tornar inabitáveis até o fim do século.

Um bilhão
De acordo com o informe da Organização das Nações Unidas (ONU), até meados do século, mais de um bilhão de pessoas viverão em áreas costeiras bai­xas, vulneráveis a inundações e outros eventos climáticos extremos potencializados pela elevação do nível do mar e pe­las alterações climáticas.

Um novo relatório da pró­pria ONU aponta que a mé­dia da temperatura do planeta poderá aumentar em até 3,4 º C até o final deste século. O documento, que reúne estu­dos científicos da Organização Meteorológica Mundial e ou­tros órgãos especializados, foi publicado no dia 22.

Segundo o documento, que defende a adoção de medidas para combater o aquecimento global, a média da temperatura do planeta de 2015 para 2019 será 0,2 º C acima do período anterior de cinco anos. Além disso, ela é 1,1º C mais quente que os níveis pré-industriais de 1850 a 1900.

O relatório ainda aponta que o aumento dos níveis dos ma­res tem acelerado, e indica que a acidez dos oceanos aumentou 26% desde o início do período industrial por causa da absorção do CO2 liberado na atmosfera pelo uso de combustíveis fós­seis. O documento afirma que as emissões de gases de efeito estufa continuam a subir porque combustíveis fósseis como o carvão e o petróleo ainda são as principais fontes de energia da humanidade.

Por fim, o relatório alerta que a temperatura média glo­bal poderá aumentar 3,4 º C até 2100 mesmo se governos conseguirem cortar suas emis­sões como prometido. Segun­do o documento, países pre­cisam se esforçar ainda mais para limitar o aumento em 1,5 º C acima dos níveis pré-in­dustriais.O secretário-geral da ONU, António Guterres, pe­diu que líderes mundiais levem os fatos a sério e urgentemente façam algo a respeito.

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