Por Luiz Carlos Merten
Em 2014, antes das acusações de assédio, Harvey Weinstein ainda ditava as cartas, e não apenas na empresa Miramax. Seus críticos diziam que era um notório manipulador. Queria mandar no Oscar, em Cannes. Há seis anos, Grace de Mônaco estreou, com pompa e circunstância, na Croisette. A família real de Mônaco protestou, alegando que o filme era uma farsa. O diretor Olivier Dahan estava brigado com o produtor, porque Weinstein não aceitou sua montagem e remontou o filme. Estragou-o, segundo ele
O filme começa com a chegada de Alfred Hitchcock a Mônaco. O mestre do suspense vem propor a sua estrela, agora princesa, o papel de Marnie. Pelo protocolo da corte, não havia jeito de ela aceitar, ainda mais com aquela carga de sexo. Mas logo uma crise de verdade com a França – o general De Gaulle esteve a um passo de anexar o principado – fez com que Grace, negada na tela, interpretasse, na vida, seu maior papel.
O conceito não poderia ser mais interessante. Weinstein estragou Grace de Mônaco? Vale conferir o trabalho de Nicole Kidman.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.