A Secretaria Municipal da Saúde confirmou mais três mortes por covid-19 em 24 horas, segundo o Boletim Epidemiológico do final de semana divulgado nesta quinta-feira, 22 de outubro, e Ribeirão Preto chegou a 833 falecimentos em decorrência da doença, alta de 0,4% em relação aos 830 de quarta-feira (21). Os óbitos ocorreram entre sábado (17) e anteontem.
Nesta quinta-feira, a Secretaria Municipal da Saúde emitiu nota de pesar pela morte do médico neurologista Marcelo Falco Garcia, de 61 anos, que atuava no Núcleo de Gestão Assistencial (NGA), na rua Minas, nos Campos Elíseos. Ele também foi vítima da covid-19. A pasta investiga se ele tinha alguma doença preexistente, hipótese descartada inicialmente.
Segundo o Departamento de Vigilância em Saúde, as outras mortes são de duas mulheres. Uma tinha 83 anos e estava em tratamento contra doença neurológica crônica. O óbito de uma senhora de 86 anos está sendo investigado. A Secretaria Municipal da Saúde ainda não sabe se a idosa tinha comorbidades.
Na segunda-feira (19), um menino de oito anos morreu por causa do coronavírus. É o primeiro óbito de uma criança em decorrência da covid-19. A Secretaria Municipal da Saúde informa que o garoto era portador de doença neurológica crônica e pneumopatia crônica e já havia sido submetido à cirurgia de traqueostomia definitiva.
Sobre a evolução das mortes por covid-19 na cidade, a tendência voltou a ser de queda na comparação semanal. Entre 7 e 13 de outubro, ocorreram 28 mortes na cidade, média de quatro falecimentos por dia. Nos sete dias subsequentes, entre 14 e 20 de outubro, foram confirmados mais 20 óbitos com a atualização de ontem.
A média diária é de quase três (2,8) – cerca de um a cada oito horas, mas este número deve aumentar durante a semana. A queda é de 28,6% e oito vítimas fatais a menos. No dia 12 não houve falecimento. Isso não acontecia desde 28 de maio, mas pode mudar com a atualização do boletim.
A média móvel mais baixa da pandemia ocorreu na semana de 30 de maio a 5 de junho, quando estava em 16 mortes. A mais alta foi constatada entre 18 a 24 de julho, de 59 falecimentos. O dia com mais óbitos confirmados ainda é 4 de agosto, quando a pasta anunciou 18 falecimentos.
O recorde de mortes em 24 horas pertence a 24 de julho, com 13. O município está perto de atingir 30,3 mil pacientes infectados pelo Sars-CoV-2 – são 30.297. O Boletim Epidemiológico do Departamento de Vigilância em Saúde contabiliza a data do início dos sintomas e do diagnóstico da doença.
O balanço da pasta traz 242 falecimentos em julho. Tem ainda 207 de junho, 66 de maio, onze de abril, dois de março e 176 de agosto, mas 198 pessoas morreram. Segundo o boletim, 111 pessoas faleceram em setembro, mas a cidade fechou o mês com 166 mortes, cinco por dia.
Há registro de 17 mortes em outubro, mas 76 óbitos ocorreram neste mês, três por dia. A taxa de letalidade está em 2,7% – chegou a 5,3% em abril e em maio. A mais baixa até agora é a de setembro, com média de 1,3%, abaixo inclusive à taxa de março, de 2,1%.
Em junho foi de 3,1%, em julho de 2,8% e em agosto, de 2,4%. Está no mesmo patamar dos índices regional (2,7%), nacional (2,9%) e do mundial (2,7%), mas abaixo do estadual (3,6%). As três novas vítimas estavam internadas em hospitais particulares.
Por sexo, são 465 homens (55,8%) e 368 mulheres (44,2%). A vítima mais jovem agora é o menino de oito anos. Até então, era uma mulher de 23 anos que morreu em 28 de junho e a mais idosa, uma senhora de 101 anos que faleceu no 20 do mesmo mês. Setecentas e sessenta e seis tinham alguma comorbidade (92%).
Um senhor de 76 anos, um homem de 41, outros dois de 42, uma mulher de 55, um senhor e uma senhora de 65, um munícipe de 75, um idoso de 79 e uma idosa de 90 anos não tinham doenças preexistentes (1,2%) e 57 casos estão sob investigação (6,8%). Cento e trinta e três pessoas tinham menos de 60 anos (16%) e 700 eram sexagenárias, septuagenárias, octogenárias, nonagenárias ou centenárias (84%).
Por idade, os óbitos estão distribuídos entre de 5 a 9 anos (um, 0,1%), 20 a 29 anos (cinco mortes, 0,6%), de 30 e 39 anos (19, ou 2,3%), de 40 a 49 anos (30 óbitos, 3,6%), entre 50 e 59 anos (79, ou 9,5%), entre 60 e 69 anos (170, ou 20,4%), de 70 a 79 anos (234, ou 28,1%), de 80 a 89 anos (219, ou 26,3%) e de 90 anos ou mais (76, ou 9,1%).