Reunião de ministros no “boeing” brasiliano: o da Defesa e seus comandados. Mas, “foi assim, a lâmpada apagou, a vista escureceu” e, quando o poeta acordou, a luz voltou, os subordinados já não eram mais ministros. Aconteceu com os comandantes militares ao avisarem que se desligariam e, “ao apagar da luz”, já estavam dispensados. Nem imaginavam que eramdos “quase caindo” ou “já derrubados”. Brasília anda ágil demais, inexplicável (isso tem nome?).
Ali a troca de ministro é como banana: dá em cacho, vem meia dúzia, nasce e cresce esbarrando em outros, despencando até comandantes militares (três, de uma vez). Na turbulência, os últimos que caem.
Coisa do poder, sem receios: “sou eu quem mando”. Bolsonaro escancara que “as forças” são dele, “o meu Exército…” (desde quando, Chefão ?). Modestíssimo, deve cantar em prosa e verso que os ministros são seus “periquitos”, que comem em suas mãos, porque a ordem é explícita: “um manda e o outro obedece”, se tiver juízo! Do contrário, anoitecem e não amanhecem (no cargo).
Em dois anos Bolsonaro revelou as “habilidades” de gestor: Pazuello comprou vacinas num dia e foi desautorizado, publicamente, no outro; já invadiu o Supremo! Basta? O “poderite” (doença do poder) faz querer, não importa como, nem se o país vai bem(mal…). Reduziria ministérios, mas tem criado, mais despesas.
A crise dos militares é inusitada, única até hoje, de consequências imprevisíveis se repercutir nos quarteis, onde a política não se afina com a disciplina institucional.
A “rebelião” (desafio!) do Bolsonaro, buscou mais poder (assim continuará?). Impossível dimensionar seus impulsos (com ou sem militares, filhos…), para se manter. Com a pandemia de 4.000 mortes/dia (insucesso!), deve estar se lascando para o país. Ainda bem que há eleições, de vez em quando.
Pergunta-se: qual a próxima do Bolsonaro? Um “ex” se dizia ser “paz e amor” (deu no que deu, virou curitibano). E o atual?
Depois da “penca, de nove”, alguém está caindo (ou “já derrubado”) e nem sabemos, porque a imprensa está fora do Palácio, nem sabe o que ocorre atrás das portas (indevassáveis). Transparência pra quê ? É como a Globo repete todos os dias: “não tivemos resposta”. Nas estatais (Petrobrás, Eletrobrás, Banco do Brasil), IBGE,chovem demissões. Até quando? Onde vai parar?
O ímpeto do Bolsonaro é estranho, se mobilizando, fortificando-se, intangível pela dupla LULA-Doria, conta com “Centrão” e ministros que não dizem não, porque os que pensaram dizer foram, não dizem mais. Receberam crachá novo: traíra. Os atuais vem para protegê-lo no “império”, contra os “impeachment”, o pão descansou e cresceu, falta por no forno.
Bolsonaro, das armas “não gosta” (?), mas quer o povo armado. Só lhe resta criar um antigo ministério, o da Guerra, dos anos 50 (ainda vive aquela época). Interessado no cargo há, no “Centrão” tem tudo (!) ou no “clã” dos Bolsonaro. Seu autoritarismo é dos 27 anos no “baixo clero” da Câmara, ali se envenenou contra o poder, democracia. Um sonhador, ditador, anarquista, fracassado ou doente? Qual a dele? (Acredite no que quiser.)… a nave flutua, empresta um para-quedas pro piloto!