Tribuna Ribeirão
Economia

Natal Somente 23% farão compras com o 13º

Para muitas pessoas, fim de ano também é sinônimo de dinheiro extra entrando na conta e, por isso, alguns trabalhadores se perguntam qual deve ser a prioridade do uso do décimo terceiro salário. Um levantamento realizado em todas as capi­tais pela Confederação Na­cional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que dois (23%) em cada dez trabalhadores que recebem décimo tercei­ro salário devem utilizar ao menos parte desse dinheiro extra para comprar presen­tes de Natal.

Segundo a pesquisa da CNDL e do SPC Brasil, na lista dos principais destinos quem encabeça é a inten­ção de poupar ou investir a quantia recebida, com 27% de menções. O recebimen­to do 13º salário também é visto pelos consumidores como uma oportunidade para organizar a vida fi­nanceira. De acordo com a pesquisa, 17% dos trabalha­dores pretendem utilizar o dinheiro extra para quitar dívidas que estão em atraso.

Há ainda 16% que vão gastar o recurso durante as festividades de Natal e Ano Novo e 13% que vão pagar despesas essenciais da casa, como contas de água e luz. Outra alternativa que apare­ce com menos força (11%) é guardar o dinheiro extra para cobrir tributos e impos­tos típicos de início de ano, como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto sobre Proprieda­de de Veículos Automotores (IPVA), por exemplo.

Na avaliação do educa­dor financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, antes de decidir o que fazer com o dinheiro do décimo terceiro salário, o ideal é que o consumidor faça uma análise de sua si­tuação financeira e estabele­ça prioridades. “O dinheiro deveria ser primeiramente pensado para pagar dívidas atrasadas, empréstimos ou para investir. Se o consumi­dor tem apenas uma dívida em aberto, é mais fácil resol­ver o problema. Caso exista mais de uma, o ideal é esco­lher aquela que está atrasada ou optar pela que possui o valor com juros mais altos como, por exemplo, cheque especial e cartão de crédito”, afirma Vignoli.

Vignoli ainda alerta que é importante considerar os gastos que costumam apare­cer no começo do ano, como o IPTU, as mensalidades es­colares e o IPVA, por exem­plo. A pesquisa ainda mostra que 44% dos entrevistados pretendem fazer bicos ou seja, atividades que possam gerar uma renda extra, para comprar mais presentes para o Natal, principalmente os mais jovens (54%) e as pesso­as das classes C, D e E (51%). médio de 45% nos produtos e serviços ofertados.

Injeção de R$ 53,5 bilhões
Apesar de a pesquisa apontar que apenas 23% vão gastar o 13º em presentes, a pesquisa CNDL/ SPC Brasil indica que as projeções per­manecem no mesmo pata­mar do último ano e apontam uma injeção de aproxima­damente R$ 53,5 bilhões na economia neste Natal. Além disso, espera-se que mais de 110,1 milhões de consumi­dores presenteiem alguém no final de 2018 .

Em termos percentuais, 72% dos brasileiros planejam comprar presentes para ter­ceiros no Natal deste ano, nú­mero que se mantém elevado principalmente nas classes A e B (83%). Apenas 9% disse­ram que não vão presentear – 26% porque não gostam ou não têm o costume, 23% por estarem desempregados e 17% por não ter dinheiro – enquanto 19% ainda não se decidiram.

Metodologia
Inicialmente foram ouvi­das 761 pessoas nas 27 capi­tais para identificar o percen­tual de quem pretendia ir às compras no Natal e, depois, a partir de 607 entrevistas, investigou-se em detalhes o comportamento de consumo no Natal. A margem de erro é de 3,5 e 4,0 p.p, respectiva­mente, para um intervalo de confiança de 95%.

Aporte em RP pode chegar a R$ 730,8 mi
O 13º salário dos trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas deve injetar R$ 730,80 milhões em Ribeirão Preto até o final do ano, com rendimento médio de R$ 2.200,39 per capita. A estimativa é do economista Gabriel Couto, responsável pelo Núcleo de Inteligência da Associação Comercial e Industrial (Acirp), e considera as duas parcelas que ainda serão pagas aos 223.294 empregos com carteira assinada e a segunda parte destinada aos 108.829 beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – já receberam 50% entre 27 de agosto e 10 de setembro, sem o desconto do Imposto de Renda, que será feito agora.

A folha do funcionalismo público municipal custa R$ 61,11 milhões por mês, mas ontem a prefeitura anunciou que o pagamento será escalonado. Já o Instituto de Previdência dos Municipiários (IPM) pagou metade do 13º no meio ano. Aposentados e pensionistas consomem R$ 36,66 milhões mensais e 30% dos 5.747 beneficiá­rios já receberam metade em junho, sem qualquer abatimento. Em todo o Brasil, o 13º salário vai injetar R$ 211,2 bilhões na economia brasileira até dezembro.

O valor representa cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, beneficiando cerca de 84,5 milhões de trabalhadores do mercado formal, inclusive aposentados, pensionistas e empregados domésticos. As estimativas do Departamento Intersindical de Esta­tística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontam um rendimento adicional de R$ 2.320,00, com fonte na relação anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

Os trabalhadores do mercado formal representam 48,7 milhões, ou 57,6% do total beneficiados pelo pagamento do 13º salário. Os em­pregados domésticos são 1,8 milhão, ou 2,2% do total. Os aposenta­dos e pensionistas representam 34,8 milhões, ou 41,2% do total. Dos R$ 211,2 bilhões pagos, os empregados do mercado formal ficarão com 66%, ou R$ 139,4 bilhões. Os aposentados e pensionistas rece­berão R$ 71,8 bilhões, ou 34%.

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