Tribuna Ribeirão
Economia

‘Natal’ deve gerar 73,1 mil empregos

As vendas do Natal deste ano devem movimentar R$ 34,3 bi­lhões no comércio varejista, um avanço de 4,3% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo cálculos da Confede­ração Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Para atender à demanda maior, os varejistas devem recrutar 73,1 mil trabalhadores temporários, um crescimento de 10% em relação aos 66,7 mil postos criados no ano passado. As contratações já teriam começado neste mês.

“Antes da crise, mais de 20% das vagas começavam a ser pre­enchidas em setembro e outu­bro. Nos dois últimos anos, esse porcentual não passou dos 15%”, afirma Fabio Bentes, chefe da Di­visão Econômica da CNC, em nota oficial. A maior parte dos novos empregos deve se concen­trar no segmento de vestuário, com 48,9 mil vagas, e no de su­permercados, 10,4 mil vagas. As duas atividades detêm 42% da força de trabalho do setor e costu­mam responder por cerca de 60% das vendas natalinas.

O salário de admissão deverá alcançar R$ 1.191, o equivalente a uma alta nominal de 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O maior salário de admissão deverá ser o do ramo de artigos farmacêuticos, perfu­marias e cosméticos (R$ 1.446), seguido pelas lojas especializadas na venda de produtos de infor­mática e comunicação (R$ 1.391). Os dois segmentos devem res­ponder, porém, por apenas 2,1% das vagas totais a serem criadas no varejo neste Natal.

Diante da perspectiva de re­tomada gradual da atividade eco­nômica e do consumo doméstico no início de 2018, além dos im­pactos positivos sobre o emprego que podem decorrer da reforma trabalhista, a taxa de contratação dos trabalhadores temporários deverá voltar a crescer após o Na­tal, afirmou a CNC.

“Ao contrário da média dos dois últimos anos, quando apenas 15% dos trabalhadores contrata­dos em regime temporário foram efetivados após o fim do ano, a reação mais positiva da econo­mia deverá elevar esse porcentual para cerca de 27%”, calcula Ben­tes. Antes da crise, a taxa média de efetivação de trabalhadores temporários era de 32,5%.

Segundo a pesquisa Movi­mento do Comércio, realizada pelo Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Re­gião (Sincovarp), em agosto as empresas participantes disseram que não houve movimentação nos postos de trabalho. Todas declararam não terem feito al­terações nos quadros funcionais durante o período.

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