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Natal

Dia 25 de dezembro, toda a civilização ocidental, baseada na cultura judaico-cristã, comemora a sua data máxima, o Natal. Festa religiosa e familiar, marcante para fiéis e não crentes, celebra o nascimento de quem moldou os 2020 anos do cristianismo que vivemos até hoje: Jesus Cristo. Montamos as tradicionais árvores de Natal, decoramos nossas casas e vamos trocar presentes entre nossos queridos, numa ceia que, por pequena que seja, demons­trará nossa alegria. Os religiosos voltarão sua atenção para o pro­fundo significado da data, orarão, frequentarão templos e os não crentes aproveitarão para meditar a respeito da vida e do respeito ao outro. Estas festividades estão tão arraigadas em nossa cultura que raramente paramos para pensar em como começaram.

Há mais de sete séculos antes do nascimento de Cristo, a data de 25 de dezembro já era feericamente comemorada pela pequena população da Terra. Celebrava-se o solstício de inverno, a noite mais longa do ano, a partir da qual iniciava-se a paulatina volta do calor e da claridade até o verão. Era para eles o renascimento do Sol, a chegada da época onde se poderia começar o planejamento da agricultura. Os povos mais antigos, os gregos, os chineses e os romanos, cada qual a seu jeito, faziam grandes festividades, sem­pre regadas a bebidas e comidas. Os romanos comemoravam no dia 25 de dezembro o nascimento de Mitra, deus da luz.

Em 350, o Papa Júlio I fixou o dia 25 de dezembro como o dia de nascimento de Cristo, aproveitando a tradição festiva secular. Não há como sabermos com exatidão esta data de nascimento, nada nos revela a Bíblia. É pouco provável que ela tenha ocorri­do em dezembro, devido ao forte inverno, que inviabilizaria o vir à luz num estábulo. Muito provavelmente Cristo nasceu na primavera ou verão, como ocorria sempre.

À época, as grandes festas cristãs eram a Paixão e a Páscoa. Por isto, o Natal custou a ser considerado o grande dia da Cristandade, tendo sofrido vários reveses: na Idade Média continuava a ser um dia de grandes festas pagãs, na Inglaterra protestante e, posteriormente na colônia americana de Massachusets, a comemoração da data che­gou a ser proibida, até que a tradição se firmasse e o 25 de dezembro fosse aceito como a data para se comemorar o nascimento de Jesus.

A árvore de Natal, também tradição milenar e pagã europeia, co­meçou a ser usada como decoração cristã na Alemanha luterana. Em 1539, uma gigantesca árvore foi erguida em frente à catedral de Es­trasburgo, trazendo nova simbologia: as agulhas verdes do pinheiro significando a vida, quando o inverno despia todas as outras árvores de suas folhas; as velas, simbolizando Cristo como a luz do mundo e a forma de cone simbolizando a Santíssima Trindade.

O Papai Noel, como vemos hoje, é invenção mais recente e baseia-se na vida de um bispo da cidade turca de Myra, muito caridoso, sempre colocando moedas ao lado das chaminés das casas dos necessitados. Era representado de várias maneiras, até que a Coca-Cola, em grande campanha americana e mundial, fixasse a imagem que usamos hoje.

Finalmente, o presépio teria sido iniciativa de São Francisco, que procurava uma forma de mostrar o nascimento de Cristo de maneira a ser entendida pelo povo. Inicialmente manifestou-se como representação deste evento e depois transformou-se no conjunto de peças até hoje usadas para mostrar a Natividade.

O Natal depende da visão de cada um para ser valorizado como dia de festa, data de alegrias e felicidades, momento de agradecer aos outros através de presentes, ceia de união familiar. É uma grande data.

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