O preço do etanol registrou a 12ª alta seguida nas usinas paulistas desde meados de setembro e passou de R$ 2, segundo dados divulgados na sexta-feira, 6 de dezembro, pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) – vinculada à Universidade de São Paulo (USP). O último levantamento mostra que o litro do hidratado aumentou 2,48% na semana passada, de R$ 1,9611 para R$ 2,0097.
O produto acumula elevação de 17,25% em pouco mais de dois meses. A tendência é a mesma em relação ao preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% –, com elevação de 1,17%, de R$ 2,1470 para R$ 2,1721. Em aproximadamente 70 dias, a correção chega a 16,5%. Os reajustes provocaram um efeito cascata, chegando ao consumidor com a renovação dos estoques nos postos.
Em Ribeirão Preto, alguns postos bandeirados vendem o litro do etanol por R$ 3,20 (no cartaz está R$ 3,199), outros por R$ 3,10 (ou R$ 3,099), mas a média nos franqueados é de R$ 3 (ou R$ 2,999). Nos postos sem-bandeira, a média é de R$ 2,75 (ou R$ 2,749), mas há revendedores que negociam o combustível por R$ 2,70 (até R$ 2,699) e outros que praticam valores mais elevados – chega a R$ 2,80 (ou R$ 2,799).
A tendência é de novos aumentos por causa da entressafra da cana-de-açúcar, dos constantes reajustes nas usinas paulistas e no preço da gasolina e a explosão de consumo. Segundo o mais recente levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), realizado entre os dias 1º e 7 de dezembro, em 108 cidades paulistas, o preço médio do álcool em Ribeirão Preto é de R$ 2,835, alta de 2,7% em relação ao praticado até dia 30 de novembro, de R$ 2,761, acréscimo de R$ 0,074.
No caso da gasolina, a explicação vem dos recentes aumentos praticados pela Petrobras nas refinarias – no dia 27 de novembro a estatal anunciou correção de 4% por causa do avanço do dólar. No último dia 19, havia anunciado alta de 2,77% – acumula elevação de 12,77% nas unidades produtoras desde meados de setembro, quando subiu 3,5% e 2,5% em datas diferentes. O óleo diesel também subiu 2% no dia 4 deste mês – a correção anterior havia sido em 19 de novembro, quando subiu 1,18% nas refinarias.
Nos postos bandeirados de Ribeirão Preto, o preço médio da gasolina é de R$ 4,50 (ou R$ 4,499), mas ainda há locais que vendem o derivado de petróleo por R$ 4,40 (de R$ 4,397) e outros que chegam a cobrar R$ 4,70 (no cartaz está R$ 4,699). Nos independentes, o valor médio é de R$ 4,20 (ou R$ 4,199), mas o produto também é vendido por R$ 4,10 (R$ 4,099) e R$ 4,35 (R$ 4,349). O consumidor deve pesquisar – há desconto para quem pagar em dinheiro.
Nas bombas de Ribeirão Preto, o diesel varia entre R$ 3,39 (R$ 3,389) e R$ 3,50 (R$ 3,499) nos revendedores de bandeira branca e entre R$ 3,70 (R$ 3,699), R$ 3,77 (R$ 3,769) e R$ 3,80 (R$ 3,799) nos de rede. Segundo o último levantamento da ANP, o litro da gasolina na cidade custa em média R$ 4,313, aumento de 2,7% em comparação com os R$ 4,198 cobrados anteriormente, aporte de R$ 0,115. O litro do diesel voltou ao patamar do dia 23 de novembro e subiu de R$ 3,575 para R$ 3,630, acréscimo de R$ 0,055 e alta de 1,5%.
Considerando os valores médios da agência, de R$ 2,835 para o álcool e R$ 4,313 para a gasolina, ainda é mais vantajoso abastecer com etanol, já que a paridade está em 65,7% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar quando a relação chega a 70%. Com base nas médias dos postos bandeirados (R$ 3 para o etanol e R$ 4,50 para a gasolina) e sem-bandeira da cidade (R$ 2,75 para o álcool e R$ 4,20 para o derivado de petróleo), a paridade está entre 66,6% e 65,4%, respectivamente.