Um povo que não conhece a sua história, e nem preserva as suas manifestações culturais mais genuínas, jamais será um povo livre. O Brasil era conhecido como um País fraterno e solidário e com um povo adepto da paz, mas toda essa bondade não era alicerçada no âmago dos brasileiros, e foi só alguém iniciar um movimento com bases no fundamentalismo religioso, com a principal bandeira fincada no ódio contra os que pensam diferente, para que esse sentimento se proliferasse e começasse a produzir os efeitos danosos que todo o movimento radical produz – a infelicidade.
O atual momento de ódio, que estava adormecido, começou mostrar sua cara nos protestos a partir de 2013, quando a indignação por conta do aumento da tarifa do transporte coletivo, que era uma reivindicação justa, se proliferou pelo País, e foi apropriado por aqueles que, com muita habilidade e expertise, sabem conduzir as massas como se fossem gado, apenas alimentando este sentimento que precisava de uma forcinha para se materializar e produzir os seus efeitos nefastos.
Sabem, por experiências seculares, que o fundamentalismo religioso, quando bem direcionado, é o caminho mais eficaz para convencer, através da fé, os rebanhos que seguem cegamente os chamados homens ungidos, e a proliferação de tanto ódio fez com que velhos costumes, que estavam enterrados sob sete palmos, ressuscitassem com força, trazendo de volta velhas chagas de um tempo de discórdia, onde irmão desconhecia irmão, e a Lei de Talião era o ápice do relacionamento humano. E tudo isso com o aval do deus da maldade e da vingança.
E esse clima de penumbra fez emergir do fundo do pântano uma figura nefasta e tacanha, que se apropriou desse momento, e portando um ódio exacerbado chegou à Presidência da República, com o aval de 39% do eleitorado brasileiro – prometendo fazer o Brasil recuar 50 anos –, época em que o AI5 tinha mergulhado o País na mais sangrenta ditadura da história – tempos em que lamber as botas do Tio Sam era o apogeu do entreguismo, e como um bom lambe-botas, está cumprindo o que prometeu.
Desmontar e aniquilar a estrutura do Ministério da Educação é parte fundamental do acordo entreguista, se constituindo num crime lesa-pátria. Primeiro colocaram no comando do MEC um analfabeto funcional, e agora um obtuso extremista, que vê o fantasma do comunismo em todos os cantos, e para completar o crime contra a educação brasileira, e assim concluir o crime, nomearam para dirigir o Inep, que é um dos departamentos mais importantes do ministério, um policial federal, que trabalhou no departamento de trânsito – o futuro está comprometido.
Um país para ser uma Nação tem que ter soberania e defender seu povo e seu território contra qualquer tipo de interferência que deprecie a dignidade humana. O retrocesso de 50 anos pretendido pelo presidente Bonsolini (mistura de Bonsonaro com Mussolini) para agradar o Império do Norte vai ferir de morte a educação brasileira em todos os níveis. Se não reagirmos com vigor e sagacidade, seremos engolidos pelas trevas – e não veremos a luz!