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‘Não sabemos o que vai acontecer, como vamos contratar jogadores?’, diz Festucci

ALFREDO RISK/JORNAL TRIBUNA

Com a paralisação do fu­tebol, muitos clubes estão aproveitando o tempo para planejar o futuro. A Ponte Preta, por exemplo, anunciou no começo da semana um pacotão de reforços visando a disputa da Série B.

O Botafogo, por sua vez, na contramão do que fez a Maca­ca, está adotando uma postura cautelosa para buscar novas contratações. Segundo o pre­sidente do clube, Osvaldo Fes­tucci, o Pantera está atento ao mercado, mas não tem nenhu­ma negociação em andamento.

“O Botafogo está sim atento a tudo, está pesquisando, sabe que o campeonato da Série B é muito longo, sabe que preci­sa de um elenco com volume mais extenso, com um núme­ro maior de jogadores. Mas de certo mesmo, de acerto com algum atleta, neste momento, o Botafogo não tem nada”, afir­mou Festucci em entrevista ao programa Wsports News.

A cautela dos dirigentes botafoguenses tem justifi­cativa. Para Festucci, após a normalização das atividades, os valores dos salários dos jo­gadores vão cair. O presiden­te também citou o receio de fechar contratos com valores salariais que podem diminuir daqui alguns meses.

“Nós, assim como todos os outros clubes do Brasil, não sa­bemos o que vai acontecer no pós-pandemia. Nós entende­mos que o mundo vai mudar, que o futebol vai mudar. Por exemplo, na nossa leitura, os salários que pagavam-se ou­trora, não vão mais acontecer no Brasil. Não só aqui, mas no mundo todo. Então se contra­tarmos um atleta agora, cor­remos um risco muito grande de pagar uma salário alto e que daqui dois ou três meses já não vai mais ser compatível com a realidade”, emendou Festucci.

Apesar de reconhecer que o clube não deve se reforçar em caso de retorno do Paulistão, o dirigente pontuou que ao me­nos a reposição para a saída de Didi, que não renovou contrato e está de saída do Pantera, deve ser discutida.

“Estamos passando por uma crise muito grande com esta pandemia, não temos di­nheiro neste momento para contratar outros jogadores. Minha grande preocupação é pelo menos repor uma peça em nossa zaga, já que Didi não quis renovar seu contrato. Isso nós precisamos conversar com o departamento de futebol para definir se vamos contratar mais um zagueiro ou terminar a competição com o que temos aqui. Mas, afirmo que minha vontade era contratar, sim, ou­tro zagueiro”, reiterou.

“Não sabemos de nada do que vai acontecer. Como va­mos contratar jogadores se não sabemos nem quando o campeonato vai começar? Nós vamos esperar um pouco mais. Por causa da pandemia do novo coronavírus muitos bons jogadores ficarão desemprega­dos, além do mais, a realidade do futebol vai mudar muito. Não existirão mais salários gi­gantes, o futebol terá uma nova realidade com salários meno­res. Nós vamos preferir esperar mais um pouco”, finalizou.

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