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‘Não há nada que o incrimine’, diz ex-mulher de Daniel Alves sobre acusações

Dinorah Santana, primeira mulher de Daniel Alves, sua agente e mãe de seus dois filhos, saiu novamente em defesa do jogador, que está preso desde o dia 20 de janeiro por suposta agressão sexual contra uma mulher de 23 anos. Ela novamente demonstrou confiança na inocência do ex-marido e questionou a decisão da Justiça em manter a prisão preventiva do atleta.

“Há estupradores condenados nas ruas. Dani não é estuprador, como ele está preso? Isso é o que não me passa pela cabeça”, disse Dinorah ao “Programa de Ana Rosa”, do canal espanhol Telecinco. “Que justiça estamos fazendo? Não há nada que o incrimine… fazendo na cadeia? Como se destrói assim a vida de uma pessoa, de seus filhos e de sua família?”

Na terça-feira, o Tribunal de Barcelona rejeitou o pedido de liberdade provisória do jogador de 39 anos. Para os três juízes responsáveis pelo caso, Eduardo Navarro, Myriam Linage e Carmen Guil, existia um risco de fuga ao Brasil por causa de sua capacidade econômica e isso pesou na hora de negar o recurso. Além disso, segundo eles, há diversos indícios do crime cometido pelo jogador.

“Não houve decisão. Ele veio testemunhar na Espanha porque não fez nada. É normal que ele tenha mentido porque sua sogra estava morrendo, por isso ele não contou toda a verdade desde o início”, disse Dinorah, em referência às diferentes versões contadas pelo jogador à Justiça.

A ex de Daniel Alves também comentou que se encontrou com Joana Sanz, atual mulher do jogador. Segundo ela, a modelo e empresária espanhola demonstrou abatimento com toda a situação envolvendo o marido. “Estive com ela. Ela estava muito mal, tinha acabado de perder a mãe e tudo isso aconteceu é normal, fiquei triste, fatal, coitada…”

Daniel Alves está preso preventivamente desde o dia 20 de janeiro no centro penitenciário Brians 2, em Barcelona. Ainda não há data para o julgamento.

CASO DANIEL ALVES

Daniel Alves teve a prisão decretada no dia 20 de janeiro. Ele foi detido ao prestar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de dezembro. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.

A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona, na Espanha. O atleta, que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria trancado, agredido e estuprado a denunciante em um banheiro da área VIP da casa noturna, segundo o jornal El Periódico. Ela procurou as amigas e os seguranças da balada depois do ocorrido.

A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d’Esquadra), que colheu depoimento da vítima. Uma câmera usada na farda de um policial gravou acidentalmente a primeira versão da vítima sobre o caso, corroborando o que foi dito por ela no depoimento oficial. A mulher também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.

Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público do país pedir a prisão e a juíza aceitar. No início de janeiro, o jogador deu entrevista ao programa “Y Ahora Sonsoles”, da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma boate que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia.

No depoimento, porém, de acordo com os meios de comunicação da Espanha, o atleta afirmou que esteve com a mulher, mas sem ato sexual. Posteriormente, admitiu ter feito sexo, mas alegou que a relação foi consentida. Segundo a rádio Cadena SER, imagens da vigilância interna do local confirmam que Daniel Alves ficou 15 minutos com a mulher no banheiro. Material coletado encontrou vestígios de sêmen tanto internamente quanto no vestido da denunciante.

No dia 14 de fevereiro, o o Tribunal de Barcelona rejeitou o pedido de liberdade provisória do jogador citando risco de fuga ao Brasil por causa de sua capacidade econômica.

O Pumas, do México, anunciou que o contrato de trabalho de Daniel Alves com o clube foi rompido por justa causa.

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