Tribuna Ribeirão
Cultura

Musical premiado chega à região

Adaptação teatral do livro “Momo e o Senhor do Tempo”, de Michael Ende (1929-1995), o espe­táculo homônimo leva a assinatura da premiada encenadora Carla Can­diotto. As apresentações acontecem em 15 de 16 de abril, sábado e do­mingo, às 16 horas, em Sertãozinho, com entrada gratuita. No fim do mês, a peça segue para Jundiaí, no dia 30.

Onde
Haverá bate-papo pós-apresen­tação com o elenco em cada cidade. Em Sertãozinho, será no dia 15. As apresentações serão no Teatro Muni­cipal Olympia Faria de Aguiar Ada­mi, na rua Washington Luiz nº 1.131, Jardim Sumará. Os ingressos são gra­tuitos e o local tem capacidade para 380, além de seis cadeirantes.

Prêmio Governador do Esta­do e vários troféus APCA, a dire­tora apresenta mais uma criação que segue a proposta de dialogar com crianças e adultos, predomi­nantemente por meio do humor, com tiradas inteligentes e monta­gens exigentes em termos de cená­rios, figurino, luz e música.

Elenco
Reconhecida pela alta qualidade de suas produções, Carla Candiotto não abre mão de trabalhar com equipe de criativos premiados e conhecedores de sua linguagem artística. Na seleção do elenco, também acertou. Camila Cohen, Eric Oliveira, Ernani Sanchez, Fabricio Licursi, Victor Mendes e Thiago Amaral (stand-in) levaram o APCA 2022 de Me­lhor Elenco. Mérito da encenadora.

O cenário é de André Cortez, com iluminação de Wagner Freire, figurino de Chris Aizner e direção de produção de Rodrigo Matheus. Os integrantes do elenco têm forte tendência corporal, com vasta expe­riência e relevância no cenário teatral brasileiro. Em 25 anos de trajetória artística, Carla Candiotto construiu uma reputação que lhe garante um lugar de prestígio nesse cenário e também lhe cobra a responsabilida­de de estar sempre se superando.

A diretora sabe que, quando uma criança percebe seu pai ou mãe se divertindo numa atividade junto com ela, isso cria uma cumplicidade importante na relação familiar. E os aproxima. A realização dessas apre­sentações pelo interior de São Paulo é porque o espetáculo foi contempla­do pelo Programa de Ação Cultural (ProAC), programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

Seis mãos
Escrita a seis mãos, por Carla Candiotto, Victor Mendes e Aline Moreno, a adaptação retrata a impor­tância do tempo na vida das pessoas e a melhor forma de aproveitá-lo. A menina Momo (Camila Cohen) aparece misteriosamente em uma cidade e vai morar nas ruínas de um antigo teatro abandonado. Lá, onde as crianças desaprenderam de brin­car, pouco a pouco ela as ensina a re­descobrir esse prazer. Com empatia e atenção, ouve as pessoas, valoriza a relação entre os amigos, os encontros e as ideias diferentes.

Tudo parece fazer sentido até que um acontecimento inespera­do tira o sossego de todos. Os Seres Cinzas surgem com a finalidade clara de comprar o tempo das pessoas. O tempo para a brincadeira, o tempo para conversar com os amigos, o tempo de olhar as formigas, ou pas­sear, é roubado e trocado por uma moeda que deixará todos tristes.

A missão dos Seres Cinzas é convencer as pessoas de que elas devem “economizar” seu tempo, en­tregando-o a eles. Na real, eles sugam e estocam o tempo do povo com a desculpa de ajudar a poupar mais. Momo e seus amigos precisam agir rapidamente. Precisam de um plano para enfrentar o inimigo e recuperar o “tempo perdido” de todos.

Adaptação instiga reflexão
A ideia de adaptar Momo e o Senhor do Tempo, de Michael Ende, para um espetáculo teatral infanto­-juvenil surgiu da necessidade de dis­cutir e refletir com crianças, jovens e seus familiares sobre o significado do tempo, atualmente.

“Vivemos em uma época em que as pessoas vêm se esquecendo do que importa e têm se distancia­do cada vez mais delas mesmas e de suas pessoas queridas”, comenta Car­la Candiotto, Prêmio Governador do Estado, em 2015, pelo conjunto da sua obra. Muitas crianças já não sabem mais brincar, porque seus pais não têm mais tempo para lhes ensi­nar e as largam em frente da TV, do computador e celular.

“Encontramos nesta obra visio­nária, ganhadora do Prêmio de Li­teratura Juvenil alemã e do Prêmio Europeu de Livros para a Juventude, uma história de aventura sobre uma criança que, por ser corajosa e confiar em si mesma, conseguiu recuperar o tempo de sua cidade, para se divertir e imaginar coisas”, diz a encenadora.

Carla Candiotto
Já foi contemplada com diver­sos Prêmios APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte e Prê­mios São Paulo (antigo Prêmio Co­ca-Cola FEMSA) de melhor dire­ção, melhor atuação e melhor texto adaptado ao longo de sua carreira. Recebeu o prestigiado Prêmio Go­vernador do Estado, em 2015, pelo conjunto da sua obra.

Espetáculos como os musicais “A Casa de Brinquedos” (2019) e “A Canção dos Direitos da Criança” (2015), ambos com músicas de To­quinho, tiveram texto, direção e co­ordenação de todo o processo criati­vo e produtivo coordenados por ela.

Da mesma forma, foram cria­dos espetáculos como “Aladdin, O Musical” (2019), “Que Monstro te Mordeu?” (2018), adaptado da série da TV de Cao Hamburger, “Cinde­rela Lá Lá Lá” (2015) e “Simbad, o Navegante” (2015) em parceria com diferentes companhias e produtoras.

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