Tribuna Ribeirão
Política

Museus de RP na pauta da Câmara

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O vereador Bertinho Scan­diuzzi (PSDB) apresentou in­dicação ao prefeito Duarte No­gueira (PSDB) sugerindo que a administração contrate um museólogo para o Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi (Marp). O documento foi aprovado na sessão de terça-feira, 6 de ju­nho, da Câmara e será encami­nhado ao Executivo.

Após ampla reforma, o Mu­seu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi foi inaugurado em 22 de dezem­bro de 1992 com o objetivo de reunir todo o acervo de artes plásticas da prefeitura, obras do Salão de Artes (Sarp) e do Salão Brasileiro de Belas Artes (Sa­bbart) adquiridas pelo poder público, bem como as doadas, como o conjunto de produ­ções dos artistas Leonello Ber­ti e Nair Opromolla. Em 2000, recebeu o nome de Pedro Ma­nuel-Gismondi.

Conta com cerca de 1,5 mil obras de todas as linguagens em seu acervo – esculturas, qua­dros, artesanato, intervenções etc. Ponto de encontro para quem aprecia arte moderna, o Marp viveu seu auge nos anos 1990, quando abrigou exposi­ções de artistas como Salvador Dalí, Candido Portinari, Lasar Segall, Tomie Ohtake e Arthur Bispo do Rosário. Até o guitar­rista dos Rolling Stones, Ron Wood, expôs suas pinturas no museu, em 1996.

O Museu de Arte de Ribei­rão Preto fica na rua Barão do Amazonas nº 323, no Centro da cidade. Bertinho Scandiuzzi justifica que, para a preservação do acervo, é imprescindível que o Marp tenha um profissional responsável da área de cultura e patrimônio e suas atividades voltadas à investigação, preser­vação e comunicação dos bens culturais materiais e imateriais desse espaço.

“Por isso indico que seja re­alizado estudos de viabilidade para criação do cargo de museó­logo para o museu bem como a sua efetiva contratação”, diz par­te da justificativa da proposta. Por ser indicação o prefeito não tem a obrigatoriedade de acatar a sugestão do vereador. O dire­tor do Marp é Nilton Campos.

Na sessão de terça-feira, a Câmara também aprovou um requerimento do parlamentar pedindo explicações da prefei­tura sobre como está o processo para recuperação dos museus Histórico e de Ordem Geral Plínio Travassos dos Santos e do Café Francisco Schmidt, localizados no campus da Uni­versidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto.

Solicitou ainda, cópias do processo para a abertura da licitação e início das obras. Neste caso, por se tratar de requerimento, a prefeitura de Ribeirão Preto tem prazo máximo de 15 dias úteis para responder e atender as solicita­ções do parlamentar.

Em 16 de dezembro de 2021, Duarte Nogueira apresentou o projeto executivo de arquitetu­ra e engenharia para reforma e restauro do complexo dos mu­seus Histórico e do Café. O pro­jeto compreende não somente a reforma e restauro dos museus, mas também a Casa do Colono, coreto e belvedere, os jardins e entorno, inclusive o cercamen­to do complexo.

Prevê também a construção de um prédio novo para reserva técnica e um novo local de esta­cionamento para os visitantes. Esses novos locais serão inclu­ídos em espaços que não irão interferir no patrimônio históri­co. Na época, segundo o prefeito existia uma movimentação para levantar formas de financiamen­to e outras fontes de recursos para custear a obra de aproxima­damente R$ 15 milhões.

Entretanto, até hoje a restau­ração não começou. Construído no início da década de 1950, o Museu do Café Francisco Sch­midt é conhecido por guardar a mais importante coleção de pe­ças do Estado de São Paulo sobre a História do Café.

Seu acervo é formado por grandes esculturas, carros de boi, troles, máquinas de bene­ficiar café, além de fotos do pe­ríodo áureo do café na região de Ribeirão Preto. Suas peças alusivas à cultura do café, foram coletadas na região e em outros Estados, principalmente Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Já o Museu Histórico e de Ordem Geral Plínio Travassos dos Santos originou-se por ini­ciativa do seu patrono Plínio no ano de 1938, com o objetivo de criar um Museu em Ribeirão Preto. Ele começou a recolher elementos para a formação do acervo inicial e, nesse princípio, todo o material conseguido, a maioria por doação, era guarda­do em sua residência.

Mais tarde, por falta de espaço, distribuiu algumas peças, principalmente aquelas de caráter decorativo como pinturas, esculturas, desenhos e cerâmicas, pelas dependên­cias da prefeitura. Já com um considerável número de pe­ças, o acervo foi transferido para uma sala no Bosque Mu­nicipal, onde permaneceu de 1948 a 1949. Em 28 de março de 1951 foi instalado defi­nitivamente no antigo Solar Schmidt e inaugurado com as seções de Artes, Etnologia Indígena, Zoologia, Geologia e Numismática.

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