O Museu da Língua Portuguesa será reaberto ao público neste domingo (1º). O museu que fica na Estação da Luz, um edifício do final do século 19 centro de São Paulo, foi destruído por um incêndio em dezembro de 2015. Na quinta-feira (29), as obras de reconstrução foram entregues.
Foram investidos cerca de R$ 85 milhões nas obras de reconstrução de diversos apoiadores privados e do governo do estado de São Paulo e do governo federal, pela Lei Rouanet. As obras começaram em 2017 e foram acompanhadas pelos órgãos federais, estaduais e municipais de proteção do patrimônio histórico e artístico.
Novos espaços
A reconstrução trouxe novos espaços ao projeto original, assinado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha (1928-2021). Entre as novas intervenções está um terraço com vista para o Jardim da Luz e para a torre do relógio, símbolo da estação. Também foi criado um centro de referência de estudos da língua portuguesa, para receber fóruns e permitir a aproximação de pesquisadores.
O museu manteve o conceito de exposições imersivas e interativas, com conteúdo desenvolvido com a colaboração de linguistas, estudiosos e artistas do Brasil e outros países lusófonos. Entre os nomes de destaque estão o músico José Miguel Wisnik, os escritores José Eduardo Agualusa, Mia Couto, Marcelino Freire e Antônio Risério, a slammer Roberta Estrela D’Alva e o documentarista Carlos Nader.
Protocolos de segurança
A reabertura acontece dentro dos protocolos de segurança para evitar a disseminação da covid-19, com a necessidade de agendamento prévio das visitas e restrição de público. As pessoas também vão receber uma caneta especial para poderem interagir com os vídeos e jogos com tecnologia touch screen.
A instituição também tem como foco além da missão educativa, segundo a diretora-executiva, Renata Motta, o diálogo com a vizinhança. “A gente tem todo um restauro muito bonito desse edifício, com a ativação de novos espaços com ocupação de serviços de café e loja e também um saguão com uma programação cultural que faz o diálogo com esses diferentes públicos do entorno”, destacou.