Tribuna Ribeirão
Política

Museu da Imagem e Som – Comissão ouve ex-diretor do MIS

A Comissão Especial de Estudos que discute o futuro do Museu da Imagem e do Som (CEE do MIS), instalada na Câmara de Ribeirão Preto e presidida por Marcos Papa (Rede Sustentabilidade), en­cerrou nesta quinta-feira, 28 de junho, a fase de depoimen­tos. Ontem, Evaldo Arantes, que foi diretor do MIS entre 2013 e 2016, conversou com o vereador e seu colega Rodri­go Simões (PDT). No entan­to, a secretária municipal de Cultura, Isabella Pessotti, e o secretário de Planejamento e Gestão Pública, Edsom Ortega Marques, não compareceram.

Ambos já haviam prestado informações à CEE – Ortega por meio de ofício. Arantes entregou à comissão documentos de pres­tação de contas de sua gestão no MIS. Disse que recebeu o acervo encaixotado em condições pre­cárias na Casa da Cultura, mas não desistiu e foi em busca de parceiros da iniciativa privada. Informou que não participou da escolha do prédio da aveni­da Doutor Francisco Junqueira para remanejamento do acervo e não permitiu a mudança por entender ser ainda mais prejudi­cial para os materiais.

Para ele, o correto é que o acervo permaneça na Casa da Cultura até a transferência para o Lar Santana. “A alternativa é investir na manutenção do te­lhado, poda de árvores e retira­da de cupins para exposição do acervo de forma segura”, afir­mou. Sobre recursos, declarou que o museu não possuía pre­visão orçamentária ou remane­jamento de verbas oriundos dos cofres da prefeitura enquanto esteve à frente do museu.

Papa informou que a co­missão está se encerrando, e vai requerer a proposta de adequa­ção dos técnicos da Secretaria da Cultura para avaliação e juntada no relatório. “Vamos continuar acompanhando a situação. O acervo é riquíssimo, deve ser preservado e colocado à disposi­ção do público”, concluiu.

Quase todos os convidados ouvidos pela CEE, ao longo dos últimos três meses, defende­ram que o MIS seja instalado no prédio do antigo Lar Santa­na, assim como o Arquivo Pú­blico e Histórico, por entende­rem que os acervos dialogam. Ao abrir a fase de depoimentos da CEE, a secretária de Cultura informou que o governo estu­dava a possibilidade de instalar o museu no Palácio Rio Branco, após o prédio deixar de ser sede da prefeitura.

Pelos estudos da administra­ção, o acervo seria levado para o imóvel da avenida Doutor Fran­cisco Junqueira que foi permuta­do, em 2016, com o objetivo de ser a sede do MIS. Proposta da sociedade civil encabeçada pela Associação Amigos do Arquivo Histórico é para que o MIS e o Arquivo Público sejam instala­dos no antigo Lar Santana, na Vila Tibério. Porém, em ofício enviado à CEE, o secretário de Planejamento considerou expor o acervo do museu, a princípio, na própria Casa da Cultura, onde está encaixotado.

No ofício, Ortega informa que estudos feitos pela admi­nistração constataram a invia­bilidade da transferência do MIS para o prédio da prefeitu­ra, na avenida Doutor Francis­co Junqueira nº 942/958, como foi anunciado anteriormen­te. O estudo diz que o local é inadequado por uma série de motivos. Cita, por exemplo, a inexistência de vagas de es­tacionamento nas vias próxi­mas e as dificuldades para a visitação do museu por parte de grupos de estudantes – não tem como estacionar ônibus na sempre movimentada ave­nida Francisco Junqueira.

Em diligência na Casa da Cultura, Marcos Papa foi infor­mado que funcionários do setor estavam elaborando uma pro­posta, que seria encaminhada ao secretário de Planejamento, também indicando o antigo Lar Santana como local ideal para os dois acervos. “O MIS tem um acervo importante, que está se deteriorando. A atu­al gestão não levou adiante a mudança para a nova sede e é minha prerrogativa, como ve­reador, saber daqui para frente o que será feito tanto para que o prédio do município não con­tinue se degradando como para que esse acervo riquíssimo seja preservado e fique à disposição do público”, enfatiza o vereador.

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