Tribuna Ribeirão
Cultura

‘Munduê’ O samba de Diogo Nogueira em RP

O Theatro Pedro II rece­be nesta sábado, 7 de julho, o cantor e compositor Diogo Nogueira com o show de lan­çamento de seu mais recente álbum, “Munduê”, a canção de trabalho do CD, uma parceria com Bruno Barreto e Hamil­ton de Holanda. Este é o quin­to disco de estúdio do sambis­ta, mas, na essência, é o seu primeiro de puro samba, 100% autoral, com novas parcerias e completamente inédito.

O show em Ribeirão Preto será às 21 horas. Os ingressos custam R$ 160 (plateia e frisa), R$ 150 (balcão nobre), R$ 140 (balcão simples) e R$ 120 (ga­leria). A meia-entrada só vale para estudantes com carteiri­nha da instituição de ensino, professores da rede pública (municipal e estadual) com apresentação de holerite ou documentação e aposentados e idosos acima de 60 anos com documento comprobatório (cédula de identidade, RG).

Essas pessoas têm 50% de desconto e vão pagar R$ 80, R$ 75, R$ 70 e R$ 60, respec­tivamente. Crianças de até dois anos não pagam. Os ingressos estão à venda na bilheteria do teatro e no site especializado Ingresso Rápido (www.ingres­sorapido.com.br). Não será permitida a entrada após o iní­cio do espetáculo.

Quem chegar atrasado também não poderá trocar o ingresso e não haverá devolu­ção de dinheiro. A Fundação Pedro II também proíbe o consumo de comidas e bebi­das no local. O teatro fica na rua Álvares Cabral nº 370, no Quarteirão Paulista, Centro Histórico de Ribeirão Preto. O local tem capacidade para 1.588 pessoas, mas parte foi interditada por segurança. Atualmente conta com 1,3 mil lugares. Telefone para mais informações: (16) 3977- 8111. O espetáculo não é re­comendado para menores de 12 anos devido ao horário.

Já se foram dez anos desde a estreia… E Diogo Nogueira deixou de ser uma promessa para se tornar um dos prin­cipais sambistas do Brasil. Honrou seu DNA, herda­do de uma das figuras mais queridas e emblemáticas do samba, João Nogueira, e prosseguiu numa militância diferente. Se o pai era inte­lectual e ativista, criando até o Clube do Samba num mo­mento de invasão de músicas gringas nas rádios (os anos 70), Diogo tem feito agora a sua parte. Levou adiante o bastão do gênero sempre buscando se integrar aos no­vos, sem abandonar a velha guarda ou ceder aos modis­mos puramente comerciais.

Inicialmente, promoveu alguns sucessos que conheceu no berço. A seguir, chamou a atenção de Chico Buarque, que lhe deu uma canção iné­dita (“Sou eu”), gravou um DVD de clássicos do samba numa viagem a Cuba, promo­veu encontros de gerações em seu programa da TV Brasil (“Samba na Gamboa”) e prota­gonizou um musical elogiado e emocionante sobre o centená­rio do samba (“Sambra”).

Fez uma tabelinha com o bandolinista Hamilton de Holanda que resultou no acla­mado disco “Bossa negra”, no meio disso tudo conquistou dois prêmios Grammy, e agora chega ao final de sua primeira década de carreira comemo­rando de maneira inesperada: com um álbum inteiramente autoral, “Munduê” – vocábulo não dicionarizado, é uma ex­pressão indefinida que remete à ancestralidade negra, híbrida como Diogo Nogueira, que se apresenta por inteiro dez anos após o seu primeiro álbum.

Mas isso não é nenhuma “forçação” de barra. Para quem não sabe, Diogo Nogueira já emplacou quatro sambas-en­redo na sua escola, a Portela, em carnavais consecutivos, sempre consagrados com no­tas dez dos jurados. E já havia gravado algumas canções au­torais desde o primeiro traba­lho. Agora, porém, sentiu que era o momento de radicalizar e criar um álbum completo de­dicado às suas próprias com­posições, quase todas, sambas.

O clima é de antiestresse. Diogo Nogueira encarna um padrão de novo homem no samba. Sem o machismo de antes, aquele que quer somar com a mulher amada e recon­quistá-la, se for o caso, sem para isso achincalhá-la. E nessa linha positiva, quer também melhorar o país e o mundo com seu som, incluindo mensagens para ener­gizar nosso espírito em tempos tão tenebrosos.

Segundo Martinho da Vila, “Dona Ivone Lara deve estar feliz por ter contribuído com seu talento de compositora e o Wilson das Neves deve es­tar rindo lá em cima com o Império Serrano sendo home­nageado junto com a Portela. Candeia, em um plano mais alto, creio que aplaudiria como o Monarco, de pés na terra. Eu, cá na Vila, bato palmas e digo: vá em frente menino!”

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