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Multas de trânsito despencam em RP

ALFREDO RISK/ ARQUIVO

A quantidade de multas aplicadas em Ribeirão Pre­to despencou 42,1% no ano passado em comparação com 2019, principalmente por cau­sa da quarentena imposta pela pandemia de coronavírus. O número de infrações recuou de 168.577 para 97.570. São 71.007 a menos.

A média é de 8.130 autu­ações por mês, 271 por dia, onze por hora, cerca de uma multa a cada cinco minutos e 30 segundos – no período an­terior as médias foram bem superiores (a mensal ficou acima de 14 mil, a diária de 448 e a horária, de 20).

Os dados foram divulga­dos pela Empresa de Trânsito e Transporte Urbano (Tran­serp) a pedido do Tribuna. A companhia lembra que, até o momento, não houve expedi­ção de penalidade por causa da pandemia. Em 2019, a alta foi de 9,57% na comparação com 2018. Foram aplicadas 14.725 a mais do que as 153.852 do pe­ríodo anterior.

As principais autuações registradas no ano passado foram por transitar em ve­locidade superior à máxima permitida em até 20%, dirigir veículo segurando telefone ce­lular, avançar o sinal vermelho do semáforo, dirigir veículo manuseando telefone celular e motorista sem cinto de se­gurança. Algumas infrações da lista não constavam do “top five” de 2019.

Naquele ano as principais infrações foram por transitar em velocidade superior à má­xima permitida em até 20%, dirigir veículo segurando te­lefone celular, estacionar em local/horário proibido espe­cificamente pela sinalização (Área Azul), transitar em ve­locidade superior à máxima permitida em mais de 20% até 50% e dirigir veículo ma­nuseando telefone celular.

A prefeitura de Ribeirão Preto possui três radares mó­veis de fiscalização eletrônica – são usados em 19 avenidas da cidade – e um fixo, insta­lado na avenida Doutor Cel­so Charuri, na Zona Leste. O dinheiro das multas ain­da não entrou nos cofres da Transerp porque a cobrança foi suspensa em 2020 devido à pandemia.

Entre janeiro e novembro de 2019, entraram nos cofres da companhia de tráfego R$ 23,89 milhões, cerca de R$ 920 mil a menos que os R$ 24,81 milhões de 2018 inteiro. Em 1º de novembro de 2016, o valor das multas subiu 53%, em média. Hoje, quem for fla­grado utilizando o celular ao volante será multado em R$ 293,47. A infração de trânsi­to, que antes rendia multa de R$ 85,13 e quatro pontos na Carteira Nacional de habili­tação (CNH), passou de grau médio para gravíssimo.

A multa por excesso de ve­locidade saltou de R$ 85,13 para R$ 130,16 (até 20% acima do permitido). Em casos de regis­tros de 20% a 50% acima da velo­cidade, o valor aumentou de R$ 127,69 para R$ 195,23. Já quem for flagrado por radares em ve­locidade 50% maior do que o previsto continua cometendo infração gravíssima e levando sete pontos na carteira. O va­lor da infração foi de R$ 574,62 para R$ 880,41. A infração mais barata subiu de R$ 53,20 para R$ 88,38. E a mais cara, de R$ 191,54 para R$ 293,47.

‘Parar em vaga especial’ recua
A Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto (Transerp) emitiu, no ano passado, 1.197 multas para motoristas que estacionaram seus veículos em vagas reservadas para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e de idosos, 59,5% abaixo das 2.958 de 2019 – foram autuados 1.761 infratores a menos.

A média é de quase 100 por mês (99), três por dia, uma a cada oito horas. As autuações podem render R$ 351,30 mil aos cofres do mu­nicípio a partir da retomada da cobrança, contra R$ 868,08 mil do ano anterior, ou R$ 516,78 mil a menos – a queda também foi de 59,5%. Em 2019, a média foi de 246 por mês, oito por dia, uma a cada três horas.

No ano passado, das 1.197 multas emitidas por estacionar em vagas especiais, 580 são para quem para em locais reservados para pes­soas com deficiência ou mobilidade reduzida e 617 para o motorista que desrespeita os espaços dos idosos. Em 2019, este tipo de pena­lidade cresceu 47,1% na comparação com as 2.010 de 2018 – foram autuados 948 infratores a mais.

A arrecadação rendeu R$ 278,21 mil a mais do que os R$ 589,87 mil do período anterior. Desde novembro de 2016, estacionar em vaga destina­da aos portadores de necessidades especiais ou idosos é considerada uma infração gravíssima, que além de render sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), implica em multa de R$ 293,47.

Avenidas fiscalizadas por radares na cidade
Carlos Eduardo de Gasperi Consoni (60 km/h)
Henri Nestlé (60 km/h)
Professora Dina Rizzi (60 km/h)
Ângelo Genaro Gallo (60 km/h)
Heráclito Fontoura Pinto (60 km/h)
Caramuru (60 km/h)
Marechal Costa e Silva (60 km/h)
Maurílio Biagi (70 km/h)
Presidente Vargas (60 km/h)
Professor João Fiúsa (60 km/h)
Costábile Romano (60 km/h)
Mogiana (60 km/h)
Presidente Kennedy (60 km/h)
Eduardo Andrea Matarazzo (70 km/h)
Luiz Galvão Cezar (60 km/h)
Thomaz Alberto Whately (70 km/h)
Independência (60 km/h)
Leão XIII (60 km/h)
Heráclito Fontoura Sobral Pinto (60 km/h)
Radar fixo: Celso Charuri (70 km/h)

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