Tribuna Ribeirão
Polícia

Mulher morta pelo companheiro estava sendo perseguida

Crime ocorreu no dia 9 de dezembro, em Sertãozinho FOTOS: REDES SOCIAIS

A mulher morta pelo companheiro, na última se­gunda-feira (9), em Sertão­zinho, já havia relatado a um parente que estava sendo perseguida pelo autor. Joyce Mara Sanches, de 34 anos, foi morta com disparos de arma de fogo por Gerson Apareci­do Machado, de 39 anos.

Por meio de aplicativo de mensagens, um primo tentou marcar um encontro com Joyce, porém, a mulher esquivou do encontro com medo do pior. “Acho que não dá por enquanto. O ex não para de seguir. Ele estava ali na praça me vigiando agora pouco”, disse Joyce em uma das mensagens.

Sem entender, o homem responde: “O que tem seu ex? Somos primos”. Ainda teme­rosa, ela rebate: “Ele não te conhece. Vai arrumar confu­são para você”.

Além disso, Joyce e Ger­son já tinham históricos de ocorrências relacionadas com desinteligência e amea­ças. De acordo com o apura­do pelo Tribuna, a mulher já havia registrado boletim de ocorrência por violência do­méstica. Ambos tiveram dois filhos juntos, mas já estavam separados há três meses.

O caso
Na tarde de segunda-feira, 9 de dezembro, Gerson teria ido ao fórum de Sertãozinho, por volta das 12h30, quando tomou ciência de que Joyce entrou com o processo de se­paração na Vara Civil, no dia 5 de dezembro.

A suspeita é de que, incon­formado, o autor teria saído do local determinado a tirar a vida de Joyce. Após atirar con­tra a esposa, Gerson, ainda, tentou cometer suicídio.

Já em estado grave, a mu­lher chegou a ser socorrida até a Unidade de Pronto Aten­dimento (UPA) da cidade, porém, não resistiu aos feri­mentos. Em relação ao autor, ele foi levado à Santa Casa de Sertãozinho, onde foi avaliado e passou por cirurgia.

Apesar de ter sido retirada a sedação, Gerson continua na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e ainda não acordou. “Não há risco. Con­tinua em avaliação e sem pre­visão de alta médica”, diz nota da instituição.

GCM de Ribeirão registra aumento de 34% em casos de violência contra mulher

Gerson e Joyce eram casados, mas ela teria pedido separação na Justiça. Ela foi baleada e não esistiu aos ferimentos

Nos primeiros dez meses de 2019 Ribeirão Preto registrou 189 casos de violência contra a mulher, de acordo com atendimentos realizados pela Patrulha Maria da Penha. Quando comparado a todo o ano de 2018 (141 casos), nota-se um aumento de 34%.

Segundo Mônica Noccioli, superintendente da Guarda Civil Metropolitana, a violência contra a mulher sempre existiu, porém, há um tempo, muitas das vítimas permaneciam caladas. “Hoje elas estão tendo mais coragem para denunciar, tendo em vista que elas se sentem mais seguras. A ampla divulga­ção por parte da imprensa e políticas públicas são fatores fundamentais para o aumento das denún­cias”, comentou.

Em Ribeirão Preto, a Patrulha Maria da Penha, criada em 2018, tem como foco atuar na prevenção, monitoramento e acompanhamento das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. Desde que se iniciou, o programa recebe em média 30 atendi­mentos mensais.

“Desde a criação da patrulha, a Guarda Civil Metropolitana começou a executar o serviço de forma oficial. Desde a criação da lei já foram capacitados para a patrulha 124 guardas”, comentou Mônica.

A Patrulha Maria da Penha primeiramente opera de modo preventivo, efetuando visitas periódicas para as vítimas que possuem a medida protetiva. A segunda frente se dá no cumprimento dos mandados de prisão, garantindo assim a efetividade da lei.

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