Começa na próxima quarta-feira, 4 de setembro, a transferência dos 27 gabinetes do Palácio Antônio Machado Sant’Anna para o novo prédio da Câmara de Vereadores. Será o final de uma novela que teve início há quatro anos. Cada um dos parlamentares e seus assessores serão responsáveis pela mudança para os novos espaços. A previsão é que todos estejam no anexo até sexta-feira (6).
Ao ocupar o novo espaço, cada vereador vai assinar um termo de recebimento. Quando o mandato terminar, em dezembro de 2020, eo gabinete for desocupado, o parlamentar será responsabilizado por eventual dano causado ao local. A decoração e a instalação de equipamentos como frigobar não serão feitas pela Câmara e ficará a cargo do legislador.
Há duas semanas o Tribuna teve acesso – com exclusividade – a um dos gabinetes do novo prédio da Câmara de Vereadores. O nome da futura sede do Legislativo municipal ainda não foi definido – o antigo leva o nome do jornalista Antônio Machado Sant’Anna (1906-1981). O escritório visitado pela reportagem já está mobiliado.
Com três salas, recepção, sala de assessores, gabinete do vereador e dois banheiros, um deles privativo do parlamentar, o escritório têm modernos móveis e bancadas MDF – carvalho-munique-design. Também possui vários armários e modernas cadeiras em couro. Segundo a Mesa Diretora do Legislativo, não haverá inauguração e nem sorteio. Os vereadores ocuparão os escritórios correspondentes a numeração dos atuais.
De acordo com a Coordenadoria Administrativa da Câmara, o mobiliário teve investimento total de R$ 726 mil, economia de R$ 674 mil ou de 48,1%. A estimativa inicial era de R$ 1,4 milhão. O processo licitatório foi dividido em lotes como o de sofás, cadeiras e banquetas, mesas, armários e os balcões e estantes.
A história do anexo da Câmara Municipal teve início há quatro anos, na legislatura passada. Idealizado em 2015 na gestão do então vereador e presidente Walter Gomes (PTB), o anexo foi projetado com capacidade para abrigar os gabinetes dos 27 vereadores da atual legislatura (2017-2020). O prazo para entrega era agosto de 2016, mas não foi cumprido pela Cedro Construtora, vencedora da licitação – alegou que os recursos definidos pela licitação não eram suficientes para o término da construção.
Em outubro de 2018, o então presidente da Câmara, Igor Oliveira (MDB), assinou um aditivo no valor de R$ 1,7 milhão para a empresa retomar o projeto, que já tinha custado R$ 6,4 milhões dos R$ 6,8 milhões previstos inicialmente. No final, a obra custou ao município R$ 8.572.040,97. A decisão pelo aditivo, segundo a então Mesa Diretora, foi necessária porque se fosse feita nova licitação o custo final seria maior.