O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou a mãe da recém-nascida encontrada morta dentro de um contêiner de lixo em Santos por homicídio qualificado. Ana Carolina Moraes de Souza, de 29 anos, também responderá por ocultação de cadáver, e poderá cumprir até 30 anos de prisão. O pai Guilherme Bronhara Martinez Garcia, da mesma idade, foi denunciado por favorecimento pessoal, por ter ajudado a esposa a se esconder após o crime. O casal é de Ribeirão Preto e antes de se mudar para o litoral mantinha uma academia no bairro Planalto Verde.
A menina foi encontrada por um catador de latinhas que vasculhava uma lixeira, localizada na rua Bahia, no bairro Gonzaga, um dos mais tradicionais da cidade. Ela estava envolvida em dois sacos plásticos, além de jornais, lenços umedecidos e, também, uma fronha, cujo par foi encontrado dentro do apartamento do casal, que havia jogado o bebê do sexto andar pelo fosso de lixo do prédio de classe média em que moravam.
De acordo com o promotor do MP, Fernando Akaoui, Ana Carolina cometeu homicídio qualificado por motivo torpe e meio cruel de tentar matar a criança, já que, primeiramente, teria tentado asfixiar a recém-nascida e, ainda, perfurá-la. Ao ser jogada pelo duto de lixo do prédio, a menina teve traumatismo craniano e morreu. A denúncia possui agravantes por ser contra um descendente e criança.
Ana Carolina pode pegar de 12 a 30 anos de prisão pelo homicídio, e ainda responderá por ocultação de cadáver. A prisão preventiva de Ana Carolina foi decretada e a jovem continua presa. Já o pai do bebê, Guilherme Bronhara Martinez Garcia, responderá em liberdade após ser denunciado por favorecimento pessoal. A defesa do casal vai tentar revogar a prisão. Também defende um exame psiquiátrico em sua cliente.