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MP investiga reforço escolar

PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO

O Grupo de Atuação Es­pecial de Educação (Geduc) do Ministério Público de São Paulo (MPSP) em Ribei­rão Preto, coordenado pelo promotor Naul Felca, cobra da Secretaria Municipal da Educação explicações sobre a avaliação dos estudantes do ensino fundamental. O pedi­do de informações foi proto­colado na segunda-feira, 29 de maio.

Os questionamentos fo­ram feitos com base na re­portagem “RP reforça ensino para 4 mil alunos”, publicada pelo Tribuna em 23 de maio. A matéria aborda o programa “Recuperação Paralela”, cria­do pela secretaria no segun­do semestre do ano passado para tentar diminuir a defa­sagem escolar de alunos do ensino fundamental causada pela suspensão das aulas pre­senciais durante a pandemia de coronavírus.

As atividades são realiza­das no contra turno escolar, oferece reforço nas discipli­nas de Língua Portuguesa e Matemática e atende quatro mil estudantes. A Secretaria Municipal da Educação ad­ministra 31 escolas de ensi­no fundamental (Emef) com 23.296 estudantes.

Tem ainda o Centro de Educação Especial Egydio Pe­dreschi e a Escola Municipal de Ensino Profissional Básico (Emepb) Doutor Celso Cha­ruri – eram 958 matriculados no total – e mais 807 estudan­tes do programa Educação para Jovens e Adultos (EJA).

Também responde por 105 escolas de educação infantil – 36 Centros de Educação In­fantil (CEIs) e 43 Escolas Mu­nicipais de Educação Infantil (Emeis), além de 29 parceiras ou conveniadas, com 22.848 crianças. São 138 unidades es­colares. Os dados são do iní­cio do ano.

O Geduc quer saber quais os critérios estabelecidos, já que esses quatro mil alunos repre­sentam menos de 20% do total de 23.296 estudantes matricula­dos no ensino fundamental. O programa atinge 17,2%. Deter­mina, ainda, a identificação de quantos e quais alunos com de­ficiência foram contemplados com o reforço.

Cita a “observância da edu­cação inclusiva” e ainda ques­tiona quais os critérios adota­dos pela Secretaria Municipal da Educação para estabelecer que as aulas de reforço deve­riam ser dadas somente para as disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa.

Contratação da Vunesp entra na mira do Geduc
A contratação da Fundação para o Vestibular da Universidade Es­tadual Paulista pela prefeitura de Ribeirão Preto também é objeto de questionamentos do Grupo de Atuação Especial de Educação (Geduc) do Ministério Público de São Paulo (MPSP).

Conforme a reportagem do Tribuna, a Vunesp foi contratada, no segundo semestre do ano passado, para fazer a Avaliação Diagnóstica Institucional e de En­sino-Aprendizagem dos estudan­tes do segundo, terceiro, quarto, quinto, oitavo e nono ano da rede municipal de educação.

Já os estudantes do sexto e sétimo anos não participaram do projeto da Vunesp, mas estão sendo avaliados por outro, desen­volvido pela Seção de Avaliação da Secretaria Municipal da Edu­cação. A Vunesp foi contratada com dispensa de licitação por R$ 1.248.000.

O MP quer saber, por exemplo, os motivos da dispensa de licitação para a contratação da fundação e por que foram excluídos da avalia­ção o primeiro, o sexto e o sétimo anos da educação fundamental. O Geduc argumenta ainda que se a secretaria tem capacidade técnica para realizar a avaliação, por que foi necessária a contratação da Vunesp?

De acordo com a Secretaria Muni­cipal da Educação, até o momento foram realizadas três avaliações pela fundação. A primeira nos meses de agosto e novembro do ano passado e a mais recente na semana passada – dias 17 e 18 de maio.

Na primeira e na segunda, 15.500 alunos foram avaliados pela parceria. Já na terceira, mais de 20 mil alunos foram avalia­dos. Os estudantes passaram por avaliação nas disciplinas de Língua Portuguesa e Língua Inglesa, Matemática e Ciências da Natureza. As avaliações feitas no ano passado resultaram em dois relatórios.

“Esses relatórios permitiram o uso de dados científicos e atualizados que são utilizados no trabalho do docente em sala de aula, gestão e coordenação escolar, nos projetos e programas educacionais da rede municipal de educação, conforme as ações tomadas a partir dos resultados da avaliação”, afirma a pasta ao Tribuna.

Na reportagem, a Secretaria da Educação não detalhou os principais problemas detectados, mas ressaltou que os dados não são comparáveis entre avaliações, uma vez que são analisadas as habilidades para o semestre e bimestre em que o estudante está em curso. O relatório da mais recente avaliação ainda não foi concluído.

No documento, o Geduc solicita também a apresentação dos principais problemas detectados na avaliação, além do envio das últimas cinco provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) da educação infantil, anos iniciais e anos finais do ensino fundamental. O Geduc deu prazo de dez dias para as repostas da Secretaria da Educação.

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