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MP investiga o caso Santa Lydia

ALFREDO RISK/ARQUIVO

O Ministério Público Es­tadual (MPE), por meio da Promotoria da Cidadania, instaurou inquérito civil para investigar a situação das crianças com câncer interna­das no Hospital Santa Lydia de Ribeirão Preto. A solicita­ção partiu do vereador, Igor Oliveira (MDB).

Ele decidiu recorrer à Pro­motoria da Cidadania para co­brar explicações da prefeitura sobre qual o destino dos pa­cientes atendidos atualmente pelo Hospital Santa Lydia. O inquérito civil é um processo administrativo em que o MPE investiga os fatos denunciados.

Existem três fases: a ins­tauração, a instrução, e a con­clusão. Se nada for apurado, o caso é arquivado. Se as de­núncias forem comprovadas, é instaurada uma ação civil pública. A decisão foi tomada depois que a prefeitura anun­ciou, na semana passada, que o hospital também será desti­nado ao atendimento de pa­cientes com coronavírus.

Segundo a Secretaria Mu­nicipal da Saúde, as internações acontecerão após o recebimento de mais cinco respiradores. Atu­almente, o Santa Lydia conta com 40 leitos de enfermaria e 20 leitos de terapia intensiva e atende diversas especialidades.

A ênfase é no atendimento pediátrico, especificamente a Unidade de Terapia Intensi­va (UTI) infantil e neonatal. Atualmente, 35 crianças fazem tratamento contra o câncer no local. Segundo Oliveira, apesar do anúncio da prefeitura ser importante para o tratamen­to de pacientes com corona­vírus, o município não pode interromper o tratamento das crianças, que precisam de cui­dados diários.

De acordo com o parla­mentar, segundo os familiares, mesmo que as crianças conti­nuem sendo tratadas no hos­pital existe o risco de possível contaminação pela covid-19. Só há uma entrada para as dependências do Santa Ly­dia, usada pelos profissionais (médicos e enfermeiros) que tratam ambos os pacientes. Também destaca a falta de orientação prévia aos pais so­bre as mudanças.

Santa Lydia afirma que segue protocolo
O Hospital Santa Lydia divulgou nota em que esclarece os protocolos adotados durante o período de pandemia. Diz o texto: “Desde o início da pandemia, em março de 2020, o Hospital Santa Lydia recebe pacientes com várias enfermidades, inclusive, com covid-19. Isso vinha aconte­cendo como todas as outras as unidades médico-hospitalares, seja de pacientes com ou sem diagnóstico. Nem por isso os hospitais deixaram de atender pacientes imunodeprimidos, a rigor da adoção de outras medidas de biossegurança”, diz

Segundo a nota, assinada pelo superintendente da Fundação Hospital Santa Lydia, Marcelo Cesar Carboneri, e outros diretores, as alas adultas ganharam reforço, com abertura de mais leitos e realocação de alguns serviços (consultas de cardiologia, cirurgias eletivas etc.) “para cumprir com a nossa missão e salvar vidas neste delicado momento”.

Diz que nenhum paciente com covid-19 chegará ao hospital sem regulação ou sem prévio aviso. “Ou seja, será sempre conduzido por ambulância com equipe para deixá-lo e outra para recebê-lo, com maca ou cadeira de rodas, intubados em ventilação mecânica ou utilizando máscara cirúrgica”.

Ressalta que o “fluxo da entrada é bloqueado para a admissão exclusi­va do paciente com covid-19, a fim de que nenhum outro paciente ou acompanhante circule na recepção simultaneamente, sendo este setor liberado em seguida. Essa passagem nas áreas comuns durará poucos segundos e sempre haverá uma equipe (que reforçamos) para garantir que entrem em adequado isolamento dentro das áreas reservadas do hospital”, conclui.

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