A Secretaria Municipal da Educação informou nesta quarta-feira, 21 de julho, que uma possível fraude em vacinação contra a covid-19, constatada em 16 de junho e denunciada pelas redes sociais pelo titular da pasta, Felipe Elias Miguel, está sendo investigada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP).
A acusação foi divulgada pelo próprio secretário na página de um grupo de profissionais da área no Facebook. “Retrato da falta de respeito de colegas da Educação (e outros) com a Saúde e com a organização. Pessoas se passando por outras, pessoas que não são da educação e até um caso de pessoa tomando três doses”, postou. “O esforço é enorme para filtrar pessoas de caráter duvidoso. Infelizmente é a realidade”, escreveu o secretário.
Ao Tribuna, a Secretaria Municipal da Educação informou que, na etapa de vacinação para os profissionais da educação realizada em 16 de junho, houve denúncia relacionada a uma pessoa que poderia ter sido imunizada três vezes. A Secretaria Municipal da Saúde está investigando o caso.
A Câmara de Ribeirão Preto pode convocar o secretário municipal da Educação, Felipe Elias Miguel, para prestar esclarecimentos sobre denúncia de possível fraude na vacinação contra a covid-19 dos profissionais da área. Projeto de resolução elaborado pela Mesa Diretora foi protocolado em 24 de junho, a partir de requerimento apresentado por Judeti Zilli (PT, Coletivo Popular).
A convocação ainda não tem data para ser votada pelos vereadores, que estão em recesso parlamentar de 15 dias e só retornam em 3 de agosto. A prefeitura de Ribeirão Preto também abriu procedimento para investigar denúncia de fraude na vacinação de professores contra a covid-19.
No dia 14 de julho, mais dois mil profissionais da área educacional foram vacinados com a primeira dose da vacina contra a covid-19 em Ribeirão Preto, chegando a doze mil pessoas. O número representa quase 100% dos educadores da cidade, contando funcionários da rede pública municipal e estadual e da particular.
Já foram realizadas quatro ações de vacinação contra a covid-19. A rede municipal de ensino conta com cerca de cinco mil professores, diretores, coordenadores, monitores, supervisores, cozinheiros, auxiliares, motoristas e outros funcionários que atuam no ambiente escolar.
Se a prefeitura de Ribeirão Preto não conseguir reverter a decisão da Justiça do Trabalho que manteve a volta das aulas presenciais somente depois da aplicação da segunda dose em todos os profissionais da área, o retorno dos alunos às escolas só deve ocorrer entre setembro ou outubro.