O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta quinta-feira, 6 de agosto, no Palácio do Planalto, uma medida provisória destinando crédito extraordinário de R$ 1,99 bilhão para viabilizar a fabricação de vacina contra o novo coranavírus (covid-19) no país.
O imunizante foi desenvolvido pela Universidade de Oxford (Inglaterra) e está sendo testado no Brasil por meio de uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A vacina experimental para a covid-19 da AstraZeneca, desenvolvida na Universidade de Oxford, é segura e produziu resposta imune em ensaios clínicos iniciais em mil voluntários saudáveis, com idade entre 18 e 55 anos.
O imunizante, chamado AZD1222, não provocou efeitos colaterais graves e desenvolveu respostas imunes a anticorpos e células T, de acordo com o estudo publicado na revista médica The Lancet. Os resultados referem-se às fases 1 e 2 de testes. A terceira etapa está sendo testada em 50 mil pessoas, incluindo cinco mil brasileiros: duas mil em São Paulo, duas mil na Bahia e mil no Rio de Janeiro.
As primeiras 30,4 milhões de doses vão chegar em dois lotes: metade, 15,2 milhões, em dezembro e a mesma quantidade em janeiro. “Com o avanço da ciência, acreditamos que, em dezembro, talvez, já passemos o ano novo de 2021 com pelo menos 15,2 milhões brasileiros vacinados para covid-19 e possamos juntos construir essa nova história da saúde pública do nosso país”, disse o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia.
Além desses dois lotes, mais 70 milhões de unidades da vacina serão disponibilizadas gradativamente, a partir de março de 2021. O medicamento está sendo desenvolvido pela farmacêutica britânica AstraZeneca, em conjunto com a Universidade de Oxford, e já se encontra em fase de testes clínicos em vários países, incluindo o Brasil.
Ao assinar a, medida provisória que abre crédito extraordinário de cerca de R$ 2 bilhões para viabilizar a compra, processamento e distribuição de 100 milhões de doses de vacina contra a covid-19, Bolsonaro criticou, de forma indireta, iniciativa do governo de São Paulo de negociar com a empresa chinesa Sinovac Biotech para receber a CoronaVac, também em testes contra a covid-19. “O mais importante, diferente daquela outra (vacina) que um governador resolveu acertar com outro país, vem a tecnologia para nós”, disse.