O Brasil superou a barreira de 5,8 milhões de casos de dengue e de 3.700 vítimas fatais em decorrência da doença. Desde o início do ano, já são 5.831.871 contágios e 3.730 mortes, segundo o Ministério da Saúde. Outros 2.945 óbitos estão em investigação. O coeficiente de incidência no país, neste momento, é de 2.872 ocorrências para cada grupo de 100 mil habitantes – acima de 300 já é epidemia.
A taxa de letalidade é de 0,06 no geral e de 5,127 em casos graves, a pior epidemia da história. O número de casos registrados em pouco mais de cinco meses de 2024 também é o maior da série histórica. Supera em 251,57% os 1.658.816 de todo o ano passado, 4.173.055 a mais.
Além disso, superou a estimativa do Ministério da Saúde, que previa cerca de 4,2 milhões de ocorrências. Também quebrou o recorde de óbitos de 2023, de 1.079, o maior da série histórica iniciada em 2000. Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, atualizados nesta terça-feira, 11 de junho, pelo do Ministério da Saúde.
Do total de casos, 72.876 são graves ou com sinais de alarme. No balanço anterior eram 5.809.369 ocorrências no país – hoje são 22.503 a mais –, 2.860,9 por grupo de 100 mil habitantes. O país somava 3.643 mortes em decorrência da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e 2.945 estavam em investigação. Entre os casos prováveis, 54,9% são de mulheres e 45,1% de homens.
A faixa etária dos 20 aos 29 anos responde pelo maior número de ocorrências de dengue no país (1.065.485). Em seguida vêm os grupos de 30 a 39 anos (930.612) e de 40 a 49 anos (880.214). Segundo o painel do Ministério da Saúde, o Estado de São Paulo soma 1.744.847 contra 1.735.283 do balanço anterior.
De acordo com o painel, 18.339 dos 1.735.283 casos são graves com sinais de alerta. São 1.082 óbitos em decorrência da doença, ante 1.031 de segunda-feira (10). Estado decretou emergência após superar a marca de 300 casos por 100 mil habitantes. Oitenta por cento dos criadouros do mosquito Aedes aegypti estão dentro das casas.
Ribeirão Preto ultrapassou a barreira de 27.800 vítimas do mosquito Aedes aegypti – vetor da doença, do zika vírus e da febre chikungunya. Já é o maior volume em oito anos, desde 2016, quando a dengue atingiu 35.043 pessoas. São 27.847 ocorrências em 2024 – além de 45.369 sob investigação –, 15.545 a mais que as 12.302 de 2023, aumento de 126,36% em pouco mais de cinco meses.
Ribeirão Preto já registrou nove mortes em decorrência de dengue em 2024, duas em janeiro, cinco em fevereiro e duas em março, segundo a Secretaria Municipal da Saúde. Outros nove casos fatais ainda estão sob investigação. Em menos de seis meses, a cidade já igualou o número de mortes no ano passado (nove).