O número de mortes decorrentes do novo coronavírus (covid-19) subiu para 1.532 no país nesta terça-feira, 14 de abril. A nova totalização foi divulgada pelo Ministério da Saúde. O resultado marca um aumento de 15% em relação ao dia anterior, quando foram registrados 1.328 óbitos. O Brasil bateu o recorte de mortes em 24 horas: 204, mais de oito a cada 60 minutos. A taxa de letalidade está em 6,1%, maior do que a registrada na segunda-feira (13), quando o índice foi de 5,7%.
Na segunda-feira haviam sido contabilizados 105 óbitos e, no domingo (12), eram 99. No perfil das vítimas, 59,9% eram homens e 40,1%, mulheres. Do total, 73% tinham acima de 60 anos e 73% apresentavam algum fator de risco, como cardiopatia, pneumopatia, diabetes e doenças neurológicas. São Paulo concentra o maior número de mortes (695), com mais da metade do total contabilizado na atualização. O estado é seguido por Rio de Janeiro (224), Pernambuco (115), Ceará (107) e Amazonas (90).
Também foram registradas mortes no Paraná (36), Maranhão (32), Minas Gerais (27), Santa Catarina (26), Bahia (22), Pará (19), Rio Grande do Norte (18), Rio Grande do Sul (18), Distrito Federal (17), Espírito Santo (17), Paraíba (16), Goiás (15), Piauí (oito), Amapá (seis), Sergipe (quatro), Mato Grosso do Sul (quatro), Alagoas (quatro), Mato Grosso (quatro), Acre (três), Roraima (três) e Rondônia (dois). Tocantins é o único estado onde ainda não houve morte.
Já o número de casos somou 25.262, o que representa um crescimento de 8% em relação a segunda-feira, quando o balanço do Ministério da Saúde registrou 23.430. No comparativo com domingo, quando foram identificadas 22.169 pessoas infectadas, o aumento significou 14%. Os casos confirmados nas últimas 24 horas totalizaram 1.832, mais do que o contabilizado anteontem (1.261). O resultado não foi o maior, pois, na última semana, houve um acrésimo de 2.210 novos casos às estatísticas na quarta-feira (8).
Hospitalizações
As hospitalizações por covid-19 totalizaram 4.926. No entanto, há 31.605 pessoas internadas com síndrome respiratória aguda grave (Srag) em investigação, dependendo de testes para averiguar se são casos de infecção por novo coronavírus ou não. No coeficiente de incidência (número de casos por um milhão de habitantes), Amazonas lidera (303), seguido por Amapá (281), Distrito Federal (209), Ceará (196), São Paulo (192) e Rio de Janeiro (186).
Todas essas unidades da Federação estão mais de 50% acima da média nacional (111), e entram na categoria de “emergência”, de acordo com a escala do ministério. As regiões com maior incidência foram identificadas em Fortaleza (608,2), São Paulo (523), Manaus e entorno (436,7), área central, no Amapá, (369) e Rio Negro e Solimões (325,6).
O juiz federal Manoel Pedro Martins de Castro Filho, da 6ª Vara de Brasília, determinou que o governo Jair Bolsonaro adote medida para “impedir que ‘atividades religiosas de qualquer natureza’ permaneçam incluídas no rol de atividades e serviços essenciais para fins de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus”. A decisão acolhe pedido do Ministério Público Federal. A decisão é do dia 31 e dava 24 horas para o governo agir. Até o momento, a medida permanece inalterada.