Tribuna Ribeirão
Saúde

Mortes por covid-19 em 2022 – Maioria dos mortos não completou ciclo vacinal

© Rovena Rosa/Agência Brasil

Dados divulgados pelo Hospital das Clínicas da Facul­dade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HC-FMRP/USP), pelo 13º Departamento Regional de Saúde (DRS-XAIII) e pela Se­cretaria Municipal de Saúde revelam que das 166 vítimas fatais do coronavírus na ci­dade este ano, 94 não tinham completado o ciclo de imu­nização com as três doses da vacina contra a covid-19, ou 56,6% do total.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 16 de feve­reiro. Deste total de 166 mor­tos, 39 não estavam vacinados (23,5%), onze tinham apenas a primeira dose (6,6%), 44 to­maram duas doses (26,5%), 68 receberam três cargas de vaci­na contra o coronavírus (41%) e em quatro casos não há in­formações se a pessoa estava imunizada (2,4%).

Apesar dos dados oficiais apontarem 166 mortes, já são 177 óbitos por covid-19 este ano em Ribeirão Preto. São 96 vítimas fatais em janeiro e 81 em fevereiro, mas foram con­tabilizadas 151 no primeiro mês e 15 no segundo porque a Secretaria Municipal da Saúde considera a data de surgimen­to dos sintomas, e não do dia em que a pessoa foi a óbito.

Segundo os médicos infec­tologistas Benedito Lopes da Fonseca e Fernando Belissimo Rodrigues, coordenador do Núcleo de Vigilância Epide­miológica, o número de vaci­nados mortos é maior porque a proporção de imunizados na população de Ribeirão Preto também é superior.

Segundo os infectologistas, as duas doses da vacina contra a covid-19, independentemen­te da “marca” – Coronavac/Si­novac/Butantan, AstraZeneca/ Oxford/Fiocruz, Pfizer/BioNTe­ch e até da Janssen/Johnson&­Johnson – reduziu em dez ve­zes o risco de internação. No caso das três doses, o risco di­minui 100 vezes. Eles afirmam ainda, que quem não tomou vacina tem complicações mais graves e por mais tempo.

Além dos médicos infecto­logistas, o secretário municipal da Saúde, José Carlos Moura, também pede que as pessoas evitem aglomerações no car­naval, que acontece entre 26 de fevereiro e 2 de março (Quar­ta-Feira de Cinzas).

Segundo o “Vacinômetro”, ferramenta digital desenvolvi­da pela Secretaria de Comuni­cação em parceria com a Com­panhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), até as 13h30 desta quarta-feira, 16 de fevereiro, Ribeirão Preto havia aplica­do 1.459.757 doses de vacinas contra a covid-19.

De acordo com a platafor­ma, 596.785 pessoas haviam recebido a primeira carga, 526.024 a segunda, 316.234 a de reforço e 20.714, a dose úni­ca. Na sexta-feira (11), a Secre­taria Municipal da Saúde tam­bém divulgou balanço sobre a vacinação na cidade.

A cobertura vacinal con­tra a covid-19 em Ribeirão Preto era de 87% da popu­lação com a primeira dose (incluindo as crianças de 5 a 11 anos, totalizando 616.982 pessoas) e 74% com a segun­da (524.815). Outros 56% dos ribeirão-pretanos receberam a terceira carga (299.803).

Com o início da vacinação infantil, o público-alvo subiu de 646.326 para 706.610 pesso­as, 60.284 a mais. Ribeirão Pre­to recebeu mais 20.000 doses de vacinas contra a covid-19 no dia 10 de fevereiro. O nú­mero de doses enviadas para a cidade saltou de 1.649.833 uni­dades para 1.669.833.

Idosos
Idosos acima de 60 anos e que vivem no estado de São Paulo deverão receber a quar­ta dose da vacina contra a covid-19 a partir do dia 4 de abril. A informação é do coor­denador executivo do Centro de Contingência do Coronaví­rus, João Gabbardo.

Segundo ele, a quarta dose já vem sendo aplicada na po­pulação imunossuprimida do estado, mas o comitê cientí­fico vê a necessidade tam­bém de que idosos tomem a quarta dose porque nesse grupo há redução da capa­cidade imunológica.

“É baseado nisso que o co­mitê científico entende que os idosos também estão incluídos nesse grupo de imunodepri­midos. Eles passam por um processo em que há redução de sua capacidade imunológi­ca. Há uma redução no tem­po em que essas pessoas que são vacinadas ainda apresen­tam imunidade”.

De acordo com Gabbardo, a imunização da quarta dose começará no dia 4 de abril, respeitando um cronograma baseado na faixa etária. “Va­mos começar pelas pessoas acima dos 90 anos e vamos re­duzindo as faixas etárias até a inclusão dos mais de 60 anos. O cronograma será definido seguindo a disponibilidade de vacina”, diz.

O coordenador disse ainda que a quarta dose será aplica­da com a vacina que estiver disponível no estado e a “que for orientada para a aplica­ção”. Enquanto isso, disse ele, o governo de São Paulo conti­nua buscando os mais de dois milhões de faltosos que não compareceram para tomar a segunda ou terceira doses de vacina contra a covid-19.

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