O número de vítimas fatais em decorrência de acidentes de trânsito caiu 10% em Ribeirão Preto, em dez meses deste ano na comparação com o mesmo período de 2019, mas a queda no período da pandemia, entre abril e outubro, foi ainda mais significativa, de 42,8%, segundo o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (Infosiga-SP).
Na comparação entre os dois períodos de sete meses – de abril a outubro –, a quantidade de vítimas fatais recuou de 56 em 2019 para 32 neste ano, 24 a menos. Já em dez meses foram 63 óbitos no perímetro urbano da cidade – a malha viária é composta por 1,5 mil quilômetros de vias municipais e também de rodovias concedidas pelo Estado –, contra 70 em 304 dias do exercício anterior, sete a menos em 2020.
Neste ano, foram dez mortes em janeiro, onze em fevereiro, dez em março, apenas três em abril, seis em maio, seis em junho, cinco em julho, três em agosto, seis em setembro e três em outubro. Entre abril e julho, a quarentena imposta pelos decretos de isolamento social estava mais severa, mas foi flexibilizada a partir de agosto.
Em outubro, o número de acidentes com mortes caiu pela metade em relação a setembro, recuando de seis para três, queda de 50%. Na comparação com o mesmo mês de 2019, quando ocorreram oito óbitos, houve retração de 62,5%, cinco a menos.
Nos primeiros 31 dias do ano passado foram cinco falecimentos, mais dois no segundo, sete no terceiro, oito no quarto, onze no quinto, doze no sexto, três no sétimo, sete no oitavo, sete no nono e oito do décimo. Trinta e quatro motociclistas morreram entre 1º de janeiro e 31 de outubro de 2020, mais da metade das vítimas fatais (54%). Onze eram pedestres (17,5%), sete estavam de bicicleta (11,1%), oito de carro (12,7%) e três não foram definidas (4,7%).
A média é de aproximadamente uma morte a cada cinco dias. Metade das vítimas chegou a ser socorrida – 32 pessoas (50,79%) foram levadas para hospitais e unidades de saúde, mas não resistiram aos ferimentos – e a outra metade morreu no local dos acidentes (49,21%).
Cinquenta e três das vítimas eram homens (84,13%) e dez, mulheres (15,87%). A maioria era de jovens entre 18 e 29 anos (15) ou adultos com idades entre 45 e 54 anos (14). Mais onze estavam nas faixas entre 55 e 64 anos, nove entre 35 e 44 anos e seis de 75 e a 80 anos ou mais. Quatro tinham entre 30 e 34, mais três entre 65 e 74 anos e uma tinha 17 anos ou menos.
As mortes ocorreram em colisões (27 casos), choques (oito), outros tipos de acidentes (doze) e atropelamentos (onze), além de cinco casos com informação não disponível. Foram 31 óbitos em vias municiais (49,21%), 24 em rodovias que cortam a cidade (38,1%) e oito casos sem identificação de local (12,7%).
O número de vítimas fatais em decorrência de acidentes de trânsito recuou 15,2% em Ribeirão Preto no ano passado, na comparação com 2018, segundo o Infosiga-SP. Foram 78 óbitos no perímetro urbano da cidade em 2019, com média de seis mortes por mês, uma a cada cinco dias. No período anterior, ocorreram 92 mortes, 14 a menos, com média mensal de quase oito casos, perto de uma vítima fatal a cada quatro dias.
Segundo o Infosiga-SP, no ano passado, Ribeirão Preto registrou cinco mortes em janeiro, duas em fevereiro, sete em março, oito em abril, onze em maio, doze em junho, três em julho, sete em agosto, mais sete em setembro, oito em outubro, três em novembro e cinco em dezembro. A maioria das vítimas de 2019 era de motociclistas: 40 morreram nas vias da cidade, ou 51,3% do total.
Dezoito pedestres – ou 23,07% – também faleceram no perímetro urbano de Ribeirão Preto. Catorze estavam de carro, caminhão, ônibus ou outro meio de transporte não definido (17,95%), três eram ciclistas (3,84%) e três não foram identificados (3,84%). Sessenta e quatro eram homens – ou 82,5% – e 14, mulheres (ou 17,95%). Foram 27 colisões (34,61%), 21 atropelamentos (26,92%), 15 acidentes de outros tipos (19,24%), onze choques (14,1%) e quatro não disponíveis (5,13%).
Acidentes sem mortes também recuam 20%
O número de acidentes sem vítimas fatais em Ribeirão Preto recuou 20% durante a pandemia de coronavírus, entre abril e outubro deste ano, em comparação com o mesmo de 2019. Baixou de 2.439 para 1.952, ou seja, 487 ocorrências a menos.
Em dez meses a queda é de 15,5%. Foram 3.321 acidentes entre janeiro e 31 de outubro de 2019 contra 2.807 em 304 dias deste ano, 514 a menos. A média diária baixou de onze para nove. Em 2020, a cidade registra um caso a cada duas horas e 40 minutos.
A cidade registrou 270 acidentes em janeiro deste ano, mais 327 em fevereiro, 258 em março, 196 em abril, 240 em maio, 293 em junho, 296 em julho, 323 em agosto, 289 em setembro e 315 em outubro. No mês passado, houve queda de 11,3% em comparação com os 355 do mesmo período de 2019, ou 40 ocorrências a menos. Porém, subiu caiu 9% em relação a setembro, com 26 casos a mais.
Neste ano, 2.537 acidentes sem vítimas fatais ocorreram em vias municipais (90,39%) e 262 em rodovias e vicinais dentro do perímetro urbano (9,31%) – as informações de oito casos não foram divulgadas (0,29%). No ano passado foram 3.985 ocorrências, 332 por mês, onze a cada dia.
O pico ocorreu em maio, com 381 casos, e janeiro foi o período com menor incidência, com 275 sinistros – os números são atualizados mensalmente. Os dados fazem parte da nova plataforma Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (Infosiga-SP), que antes só divulgava informações sobre óbitos na malha viária dos 645 municípios do Estado de São Paulo.